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71º CBEn • ISSN: 2319-0086
Resumo: 9867666


9867666

Aplicação do Exame Clínico Objetivo Estruturado (OSCE) no Estágio Supervisionado em Enfermagem

Autores:
Mariana Lima Amorim|marilimamorim@hotmail.com|acadêmica de Enfermagem|graduanda de Enfermagem do Décimo Período E Aluna Extensionista do Projeto de Extensão Prepesu|acadêmica|universidade do Grande Rio Prof. José de Souza Herdy-unigranrio ; Fabricia Campos Souza Silveira|fabriciacampossouza@gmail.com|acadêmica de Enfermagem|graduanda de Enfermagem do Décimo Período|acadêmica|universidade do Grande Rio Prof. José de Souza Herdy-unigranrio

Resumo:
**Introdução**: Crianças e adolescentes com transtornos mentais apresentam menor autonomia, acarretando assim maior sobrecarga em seus familiares¹. No Brasil, as mães, de maneira social e histórica são as principais cuidadoras². Essa imagem foi construída como a que acolhe, alimenta, cuida, remetendo a uma imagem maternal³. **Objetivo**: Analisar a dependência e sobrecarga do cuidado dos responsáveis de crianças e adolescentes com transtornos mentais assistidas no Centro de Atenção Psicossocial Infanto-Juvenil, Nova Iguaçu, Rio de Janeiro. **Método**: Trata-se de um estudo transversal, do tipo censo. A população do estudo compreendeu 274 responsáveis de crianças e adolescentes, entre zero e 18 anos de idade. Foi utilizada a duas primeiras dimensões do instrumento de investigação da pesquisa, utilizando itens da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios e os Critérios de Classificação Econômica da Associação Brasileira de Empresas de Pesquisa. **Resultados**: Observa-se um predomínio de cuidadores acima de 30 anos de idade, do sexo feminino (86,1%), pretos e pardos (73,3%), As principais pessoas que desempenham as tarefas de cuidado das crianças/adolescentes são os pais (89,1%), onde as mães ocupam papel prioritário nestas práticas (77,1%), Chama-se atenção que cerca de 90,0% dos pais/responsáveis dedicam mais de 40 horas da semana para o cuidado, o que pode gerar sobrecarga física, emocional e psicossocial destes cuidadores. **Conclusão**: As mães cuidadoras, muitas vezes, são marginalizadas, seu trabalho não é valorizado e não são reconhecidas como pessoas que vivenciam o doloroso processo de cuidar do outro. Embora o impacto emocional exista na vida essas mulheres, ele não pode ser reconhecido e verbalizado, pois, por aspectos culturais, é difícil para uma mãe admitir que um filho seja um peso ou uma sobrecarga. **Implicações para a Enfermagem**: Conhecer e entender essa realidade permite um maior planejamento por parte da enfermagem, para implementar ações de suporte aos cuidadores, entendendo as barreiras físicas, sociais e emocionais envolvidas no ato de cuidar.


Referências:
1 - MariniI, AM, Martins, MRI, Souza, AV, Marques, AB, Pontes, HER. Sobrecarga de cuidadores na psiquiatria infantil. Rev Neurocienc;18(3):2010. p. 300-306. 2- THORNICROFT, G., TANSELLA, M. Saúde mental da população e cuidado comunitário. In: G. Thornicroft, & M. Tansella. Boas práticas em Saúde Mental Comunitária (pp. 6-19). Barueri: Manole, 2010. 3 - Tomasi, E. Rodrigues, JO, Feijó, GP, Facchini, LA, Piccini , RX, Thumé, E. et al. Sobrecarga em familiares de portadores de sofrimento psíquico que frequentam o Centro de Atenção Psicossocial. Saúde em Debate, Rio de Janeiro, v. 34, n. 84, jan./mar. 2010. p. 159-167.