71º CBEn

71º CBEn • ISSN: 2319-0086

Resumo: 9829894

9829894

CONTRIBUIÇÕES DA TÉCNICA SITUATION, BACKGROUND, ASSESSMENT, RECOMENDATION PARA COMUNICAÇÃO EFICAZ: REVISÃO INTEGRATIVA DA LITERATURA

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**Introdução**: A tuberculose (TB) é uma doença infecciosa causada pelo _Mycobacterium tuberculosis_e. Mesmo sendo uma doença curável, é considerada um grave problema de saúde pública. Está relacionada a diversos fatores, entre eles, as más condições de vida e trabalho, moradia em áreas rurais e infecção pelo Vírus da Imunodeficiência Humana (HIV). Outro grupo considerado de risco é a população privada de liberdade(PPL), que quando comparada à população geral, apresenta incidência maior, associada à superlotação e as péssimas condições de vida e saúde. 1,3 **Objetivo:** Diante dessa problemática, o objetivo desse trabalho foi identificar a incidência de tuberculose na população privada de liberdade no Estado de Goiás. **Descrição metodológica:** Trata-se de um estudo epidemiológico descritivo, cujos dados foram obtidos por meio de consulta a base de dados SINAN (Sistema de Informações de Agravos de Notificação), disponibilizada pelo Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde (DATASUS). O período de análise selecionado foi o ano de 2017. O número total da população privada de liberdade, e os dados acerca das unidades prisionais do Estado foram extraídos do Sistema de Informações Geopresídios. ² Foi realizado a busca de artigos com descritores: Tuberculose; População Privada de Liberdade; Enfermagem. **Resultados:** Foram notificados no Estado de Goiás no ano de 2017 um total de 1169 novos casos de tuberculose, e destes, 192 casos (16,4%) foram na população privada de liberdade, o que corresponde a incidência de 94 casos por 10 mil habitantes, em uma população de 20.350 presos. Dentre as 153 unidades prisionais do Estado, o complexo prisional localizado na cidade de Aparecida de Goiânia conta com o maior número de casos de TB entre os apenados, sendo 126 casos no ano de 2017, correspondendo a mais de 60% de todos os casos. **Conclusão:** Esses achados ressaltam a importância dos profissionais de saúde na busca ativa de sintomáticos respiratórios para início precoce do tratamento, sendo necessário que a atenção e o cuidado em saúde sejam estendidos para além PPL, alcançando os familiares dos detentos, visitantes, agentes penitenciários e profissionais de saúde. **Implicações de Enfermagem:** O enfermeiro, juntamente com equipe multiprofissional, deve implementar ações de prevenção e promoção da saúde, como palestras e informativos. E diante de novos casos, deve realizar a notificação compulsória, iniciar tratamento precoce, implementar medidas de precaução por aerossóis, ressaltando sempre a importância do tratamento completo, a realização de exames periódicos e administração da medicação supervisionada. O enfermeiro também deverá implementar a continuidade do tratamento após a reintegração do ex-prisioneiro na sociedade, garantindo assim, em conjunto com a Estratégia da Saúde da Família (ESF) o acesso deste, a consultas, exames e medicamentos.

Referências:

¹Sacramento,DS.;Gonçalves,MJF. Situação da Tuberculose em pessoas privadas de liberdade de 2007 a 2012. Rev. Enfermagem UFPE online. Recife, 11(1):140-51,Jan., 2017. ²Secretaria do Estado de Goiás. Situação epidemiológica da tuberculose entre a população privada de liberdade em Goiás no ano de 2015. BoletimEpidemiológico. Volume 18, número 2, 2017. ³Silva, GNS.; Alves, SRP.; Medeiros, CT.;Trigueiro, DRSG. Tuberculose: aspectos e lacunasrelacinadosao cuidado em enfermagem. Revista online de Pesquisa: Cuidado é Fundamental. Rio de Jneiro, 2018 Jun 4; 10(3):187-191.