9801830 | PRÁTICAS SEGURAS EM EMERGÊNCIA: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA | Autores: Rita Cristina Brum dos Santos Lorenzi|ritacristinalorenzi@hotmail.com|enfermeira|pós- Graduação|enfermeira|furb ; Helena Doege|lenadoege@gmail.com|enfermeira|pós- Graduação|enfermeira|furb |
Resumo: **Introdução:** Enquanto membro da equipe de saúde compete à enfermeira, no âmbito da educação em saúde bem como de suas Competências Essenciais, o cuidado à saúde sexual e reprodutiva1. Na especificidade dos adolescentes, um quinto das gestações não planejadas ocorrem entre mulheres com menos de 19 anos, faixa etária na qual o número de infectados pelo HIV teve substantivo acréscimo na última década2. **Objetivo:** Refletir sobre a atuação da enfermeira no cuidado aos direitos sexuais e reprodutivos de adolescentes. **Metodologia:** Estudo de reflexão com a finalidade de discutir o papel da enfermeira no cuidado aos direitos sexuais e reprodutivos de adolescentes, a partir de documentos oficiais nacionais e internacionais, bem como na literatura científica disponível sobre o tema. **Resultados:** Para desenvolver atividades de cuidado à saúde sexual e reprodutiva, é imprescindível o acolhimento e escuta ativa3, com ações que respondam à singularidade e integralidade dos sujeitos3,4. Entre os adolescentes, é preciso ações que ampliem o modelo biologicista, principalmente junto ao grupo de maior risco social e reprodutivo, mediante abordagens horizontais de educação em saúde, com espaços de discussões a partir de demandas dos próprios jovens, com a inclusão de pais e do trabalho intersetorial entre escolas e serviços de saúde para fomentar perspectivas de futuro e corroborar com o rompimento do ciclo da pobreza5. **Considerações finais:** Há necessidade de fomentar a reflexão das enfermeiras sobre a amplitude sua prática profissional para responder as necessidades de saúde de adolescentes, e que coadune com as diretrizes e políticas públicas correspondentes. A enfermeira tem competência e respaldo legal para desenvolver um cuidado que atenda os direitos sexuais e reprodutivos dos adolescentes, mediante ações de sensibilização e conscientização quanto a seus objetivos futuros, como uma motivação à adesão de práticas sexuais saudáveis e responsáveis.
Referências: 1. International Confederation of Midwives (ICM). Essential competencies for basic midwifery practice, 2010. Revised 2013. ICM, 2013.
2. UNFPA. United Nations Found of Population Found. Motherhood in Childhood: Facing the challenge of adolescent pregnancy. 2013.
3. Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde/Departamento de Atenção Básica. Caderno de Atenção Básica nº 26, direitos sexuais e direitos reprodutivos [online]. Brasília: Ministério da Saúde, 2013.
4. Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS). Ampliação do papel dos enfermeiros na atenção primaria à saúde. Washington, D.C.: OPAS, 2018.
5. Nery IS, Gomes KRO, Barros IC, Gomes IS, Fernandes ACN, Viana LMM. Fatores associados à reincidência de gravidez após gestação na adolescência no Piauí, Brasil. Epidemiol. Serv. Saúde. 2015;24(4):671-680. |