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71º CBEn • ISSN: 2319-0086
Resumo: 9275191


9275191

VIOLÊNCIA SEXUAL CONTRA A MULHER

Autores:
Jakeline Batista Pereira|jakelinebatista40@gmail.com|estudante de Enfermagem|violência Sexual Contra A Mulher|autora Principal|cesupa ; Wanessa Lyandra Oliveira Santos|wanessa-lyan@hotmail.com|estudante de Enfermagem|violência Sexual Contra A Mulher|autora|cesupa ; Larissa Kely Cunha Costa|lkbabyk@hotmail.com|estudante de Enfermagem|violência Sexual Contra A Mulher|autora|cesupa

Resumo:
**Introdução: **A assistência obstétrica é caracterizada por práticas inadequadas e excessivas intervenções. Para garantir o acesso das mulheres a uma assistência qualificada, segura e a consolidação de programas de humanização da assistência ao parto, é necessária a transformação da cultura organizacional, por meio da adoção de processos, comportamentos e interações sociais que visem a segurança da assistência1-2. **Objetivo:** Avaliar a percepção da equipe de enfermagem e médicos acerca da cultura de segurança da assistência prestada em unidade obstétrica hospitalar. **Metodologia:** Estudo quantitativo, descritivo, do tipo survey, realizado numa maternidade pública do município do Rio de Janeiro. A coleta de dados ocorreu por meio do questionário: “_Hospital Survey on Patient Safety Culture” _(HSOPSC), validado para a realidade brasileira3. A amostra foi de 26 participantes, por conveniência, sendo 9 enfermeiras obstetras, 9 técnicas de enfermagem e 8 médicas, que prestam assistência às mulheres no momento do parto. Parecer do CEP da SMS-RJ, nº 2.588.977. **Resultados:** A metade das dimensões da cultura foi classificada na área neutra de segurança e as demais como frágeis. Nenhuma das doze dimensões alcançou a classificação na área de força, acima de 75%. Foi evidenciado que os profissionais possuem baixa percepção de segurança na unidade, com apenas 30,6% de respostas positivas. Quanto às notficações, 55,6% das técnicas responderam que o erro é sempre relatado, mas metade das médicas referiram que o erro é raramente notificado e 33,4% das enfermeiras informaram que às vezes o erro é notificado. No entanto, estas profissionais não realizaram notificações de eventos adversos nos últimos doze meses. O reconhecimento e relato dos eventos adversos na instituição evidencia que os profissionais de saúde adotam medidas preventivas para minimizar ou eliminar a sua ocorrência e, ainda, acompanham o desenvolvimento das ações implementadas para a melhoria e segurança da prática em saúde. **Conclusão: **A avaliação global das dimensões da cultura de segurança indicou um nível de fragilidade entre os profissionais de enfermagem e médicos atuantes na assistência ao parto, o que destaca a necessidade de ações para fortalecer a cultura de segurança no hospital maternidade.


Referências:
1. Brasil, Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Serviços de atenção materna e neonatal: segurança e qualidade. Brasília: ANVISA, 2014. 2. Vincent C, Segurança do Paciente: orientações para evitar eventos adversos. São Caetano do Sul (SP): Yendis, 2009. 3. Reis CT. A cultura de segurança do paciente: validação de um instrumento de mensuração para o contexto hospitalar brasileiro [tese doutorado]. Rio de Janeiro: Escola Nacional de Saúde Pública Sérgio Arouca, Fundação Oswaldo Cruz; 2013. 4. Carneiro FS, Bezerra ALQ, Silva AEBC, Souza LP, Paranaguá TTB, Branquinho NCSS. Eventos adversos na clínica cirúrgica de um hospital universitário: instrumento de avaliação da qualidade. Rev Enferm UERJ. 2011;19(2):204-11.