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71º CBEn • ISSN: 2319-0086
Resumo: 8755335


8755335

O ENFERMEIRO NA VISITA MULTIDISCIPLINAR EM UNIDADE DE INTERNAÇÃO

Autores:
Juliana Aparecida Spiguel de Araujo|juliana.araujo@hospitalsantacruz.com|enfermeira|graduada|coordenadora de Unidades de Internação|hospital Santa Cruz ; Stephanie Ferreira de Farias|juliana.araujo@hospitalsantacruz.com|enfermeira|graduada|enfermeira|hospital Santa Cruz ; Joraima Barros|juliana.araujo@hospitalsantacruz.com|enfermeira|graduada|enfermeira|hospital Santa Cruz ; Juliane Palma|juliana.araujo@hospitalsantacruz.com|enfermeira|graduada|enfermeira|hospital Santa Cruz ; Mariane Antunes Cavalheiro|juliana.araujo@hospitalsantacruz.com|enfermeira|mestre|gerente Assistencial|hospital Santa Cruz

Resumo:
**Introdução:** A silicose é provocada pela inalação de micropartículas de sílica que desencadeiam fibrose pulmonar1. Sua gravidade é devida ao constante processo de progressão lesional1. **Objetivos:** Explorar as evidências científicas e o que é oferecido pelo SUS aos portadores de silicose. **Metodologia:** Ensaio teórico com foco nas evidencias científicas disponíveis na literatura e no atendimento oferecido pelo SUS aos portadores de silicose. **Resultados:** O diagnóstico de silicose é realizado pelo histórico ocupacional de exposição à sílica, radiografia de tórax e espirometria, e nos casos iniciais pode ser necessário também a tomografia1,2. Ainda não há tratamento curativo para silicose, contudo, o uso de broncodilatadores, antitussígenos e mucolíticos podem ser considerados como tratamento sintomático aos pacientes1. Os antibióticos são recomendado nas infecções respiratórias1 e a oxigenoterapia utilizada como alivio aos pacientes com hipoxemia severa3. O treinamento físico melhora a capacidade funcional, reduz a dispneia e melhora a qualidade de vida3. O transplante de pulmão é uma alternativa especialmente em pacientes mais jovens1. No Brasil, os trabalhadores acometidos pela silicose devem ser atendidos pelo SUS nos Centros de Referência em Saúde do Trabalhador (CERESTs), nos âmbitos estaduais e municipais4, onde é oferecido acompanhamento de saúde a cada 6 meses, ou de acordo com a necessidade, com disponibilização de medicamentos, vacinas e exames, além da solicitação de afastamento do trabalho e encaminhamento à aposentadoria4. **Conclusões: **Apesar da disponibilidade de atendimento pelos SUS, ainda há muito que avançar no acompanhamento dos trabalhadores que desenvolvem silicose, bem como nas atividades de prevenção do adoecimento. Ainda, o desenvolvimento de pesquisas que avaliem possibilidades de tratamento e cura à essas pessoas deve ser incentivado. **Contribuições ou implicações para a Enfermagem:** Cabe aos profissionais da enfermagem, juntamente com a equipe de saúde, desenvolver estratégias de prevenção da silicose e de manutenção do acompanhamento aos trabalhadores, em especial aqueles adoecidos.


Referências:
1. Leung CC, Yu IT, Chen W. Silicosis. Lancet. 2012; 379 (9830): 2008- 18. 2. International Labor Organization. Guidelines for the use of the ILO. International Classification of Radiographs of Pneumoconiosis. Geneva: International Labour Organization. Revised Edition, 2011. 3. Di Giuseppe M, Gambelli F, Hoyle GW, et al. Systemic inhibition of NF-kappaB activation protects from silicosis. PLoS One 2009; 4: e5689. 4. Brasil. Ministério da Saúde. Portaria Ministerial 1.679/2002. Centros de Referência em Saúde do Trabalhador (CERESTs).