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71º CBEn • ISSN: 2319-0086
Resumo: 8494080


8494080

AVALIAÇÃO DO PROCESSO DE ENFERMAGEM EM OXIGENOTERAPIA

Autores:
Daniely Francyely de Lucca Vanoni|dani_fran12@hotmail.com|enfermeiro|residente de Enfermagem|residente de Enfermagem|universidade Federal de Mato Grosso do Sul ; Alexsandra Letícia Lacerda de Abreu|aleticiaa.lacerda@hotmail.com|acadêmica de Enfermagem|acadêmica de Enfermagem|acadêmica de Enfermagem|universidade Federal de Mato Grosso do Sul ; Caroline Neris Ferreira Sarat|carolneris@uol.com.br|enfermeiro|doutoranda Em Enfermagem|docente do Curso de Enfermagem da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul|universidade Federal de Mato Grosso do Sul

Resumo:
Introdução: A prática do aborto se traduz numa inequívoca expressão das desigualdades sociais vistas no Brasil, pois apenas uma minoria pode arcar com os custos de abortamento seguro1. Mulheres em situação de abortamento estão vulneráveis a sofrerem violência institucional tanto pela condição de ilegalidade quanto pelas crenças dos profissionais. É chamada de violência institucional a violência exercida por profissionais de saúde através de ações, omissões e abusos causados pelas relações de poder entre prestadores de serviços e usuárias2. Objetivo: Discutir violência institucional sofrida por mulheres em situação de abortamento. Metodologia: Foi realizada revisão de literatura integrativa, com abordagem qualitativa. Busca dos artigos feita na BVS e Google Acadêmico, utilizando a base de dados do SCIELO e MEDLINE. Definiu-se para a busca, artigos publicados no período entre 2008 e 2017, oriundos de pesquisas de campo realizadas no Brasil. Resultados: Identificaram-se 11 artigos. Para obter dados a maioria das pesquisas utilizou a entrevista, sendo que 60% tiveram como foco mulheres em situação de abortamento e 40% os profissionais de saúde. Discussão: As mulheres em situação de abortamento estão sujeitas à atuação violenta dos profissionais, e pode ocorrer desde violência moral até violência física2. A assistência prestada normalmente se restringe a ações tecnicistas e se distanciam da humanização3. As percepções das mulheres quanto à assistência prestada é um paradoxo, uma vez que a avaliação das entrevistadas foi positivo4.Conclusão: A assistência integral preconizada pelo Ministério da Saúde está distante da realidade, uma vez que é ignorada a autonomia das mulheres sobre seu corpo, e atitudes violentas, influenciadas por crenças e pela criminalização do aborto, são frequentemente praticadas. Sugere-se que estes profissionais sejam capacitados/as para que atitudes como estas deixem ser banalizadas. É importante para a enfermagem compreender o problema para oferecer, em sua prática, um novo modelo de cuidado à mulher.


Referências:
1. Domingos SRF, Merighi MAB. El aborto como causa de mortalidad materna: una reflexión sobre el cuidado de enfermería. Esc Anna Nery [periódico na Internet]. 2010 jan-março [acesso 16 fev 2018]; 14(1):177-81.Disponível em: http://www.scielo.br/pdf/ean/v14n1/v14n1a26.pdf 2. Silva TMA, Cordeiro CS, Silva PFC. Violência Institucional contra mulher em situação de abortamento e a assistência de enfermagem. Rev saúde em foco [periódico na Internet]. 2016 maio; [acesso 19 nov 2017]; 1(1):1-6. Disponível: https://smsrio.org/revista/index.php/revsf/article/view/170/176 3. Dantas RA, Soares MCS, Freitas VEO, Cunha ARR, Almeida JLS, Souto CMR. Práticas de enfermagem na atenção às mulheres em situação de abortamento. Rev Rene [periódico na Internet]. 2012 nov; [acesso 05 nov 2017] 13(1). Disponível em: http://www.periodicos.ufc.br/rene/article/view/3783/2990 4. Carneiro MF, Iriart JAB, Menezes GMS. "Largada sozinha, mas tudo bem": paradoxos da experiência de mulheres na hospitalização por abortamento provocado em Salvador, Bahia, Brasil. Inter. Botucatu [periódico na Internet]. 2013 jun; [acesso 05 nov 2017];17(45):405-418. Disponível em: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1414-32832013000200013&lng=en&nrm=iso