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71º CBEn • ISSN: 2319-0086
Resumo: 8483645


8483645

VIVENCIANDO A DIMENSÃO POLÍTICA NA ENFERMAGEM: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA

Autores:
Ana Raquel Campos de Almeida Barboza|rk-campos@hotmail.com|enfermeiro|enfermeiro. Pós-graduação Em Saúde Pública. Mestranda do Programa de Pós-graduação Em Enfermagem Ufpr.|enfermeiro|universidade Federal do Paraná ; Jéssica Veloso Oliveira Vilarinho|jessica.vilarinho@hc.ufpr.br|enfermeiro|enfermeiro. Mestranda do Programa de Pós-graduação Em Enfermagem Ufpr.|enfermeiro|universidade Federal do Paraná ; Maria Gorete de Brito Cunha|gorete.brito@hotmail.com|enfermeiro|enfermeiro. Mestranda do Programa de Pós-graduação Em Enfermagem Ufpr.|enfermeiro|universidade Federal do Paraná ; Sonia Maria Kalckmann de Macedo|sonia.macedoufpr@gmail.com|enfermeiro|enfermeiro. Mestranda do Programa de Pós-graduação Em Enfermagem Ufpr.|enfermeiro|universidade Federal do Paraná ; Elizabeth Bernadino|elizaber@ufpr.br|enfermeiro|enfermeira. Doutora Em Enfermagem. Docente da Universidade Federal do Paraná. Curitiba, Pr -brasil.|enfermeiro|universidade Federal do Paraná

Resumo:
As causas externas de morbimortalidade são um grave problema de saúde pública no Brasil; e a principal causa de morte entre adolescentes e jovens no Estado e em Porto Alegre/RS¹. O presente estudo analisou a configuração desse fenômeno no município; e propôs a implantação de uma Linha de Cuidado (LC) como estratégia da política de saúde para seu enfrentamento e prevenção. O objetivo do estudo foi descrever as características dos óbitos de adolescentes e jovens por causas externas no município de Porto Alegre/RS, a fim de conferir visibilidade ao fenômeno e propor ações para o seu enfrentamento. Estudo de abordagem qualiquantitativa, que abrangeu informações de bases de dados e informantes-chave. Na abordagem quantitativa, realizou-se estudo ecológico descritivo da distribuição dos óbitos por causas externas entre 2011-2016 e a caracterização das vítimas de 10-24 anos, residentes no município. A abordagem qualitativa foi desenvolvida por meio de entrevistas individuais semiestruturadas. Foi empregada a metodologia de análise de conteúdo do tipo temática. Ocorreram 2.428 óbitos; 75,49% por causas externas; 91,27% sexo masculino; 61,05% raça/cor branca, distribuídos entre homicídios (78,45%), acidentes de transporte (10,04%) e suicídios (4,31%).  A procedência das vítimas revelou áreas de vulnerabilidade social, territórios de disputa do tráfico de drogas, o que corrobora com as percepções dos entrevistados. As principais ações necessárias foram: promoção e prevenção por meio da educação em saúde; ações de vigilância e monitoramento do fenômeno e fortalecimento da rede de saúde mental. A literatura evidencia adolescentes e jovens como vítimas contínuas da violência, cujos determinantes sociais, são evitáveis². Fatores associados à violência: local de moradia, tempo de estudo menor que oito anos; sexo masculino e faixa etária 15-24 anos. Os resultados subsidiaram a proposta de uma LC composta por três eixos: matriz conceitual, assistencial e operativa.


Referências:
1. Martins, CBG. Acidentes e violências na infância e adolescência: fatores de risco e de proteção. Rev. bras. enferm. [internet]. Jul/ago 2013. [acesso em 20 maio 2018]; 66(4):578-84. Disponível em: http://www.scielo.br/pdf/reben /v66n4/v66n4a17.pdf 2. Moreira, DP, Vieira LJES, Pordeus AMJ, Lira SVG, Luna GLM, Silva JG, et al. Exposição à violência entre adolescentes de uma comunidade de baixa renda no Nordeste do Brasil. Ciên. saúde coletiva [internet]. 2013 [acesso em 18 maio 2018]; 18(5):1273-82. Disponível em: http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S1413-81232013000500012&script=sci_abstract&tlng=pt