8368201 | ENVELHECER COM AUTONOMIA: O ENFERMEIRO NA PROMOÇÃO DO ENVELHECIMENTO | Autores: Luiz Faustino dos Santos Maia|dr.luizmaia@yahoo.com.br|enfermagem|mestre Em Terapia Intensiva|professor|faculdade Estácio de Carapicuíba ; Taisa Santana Barreto|taisa_sol1@hotmail.com|enfermagem|graduação|enfermeira|faculdade Estácio de Carapicuíba |
Resumo: Verificou-se a presença e intensidade de sintomatologia depressiva em
população geral, percepção dos indivíduos sobre sintomatologia depressiva na
relação com comportamento suicida e fatores de risco e proteção para depressão
e comportamento suicida. Este estudo foi do tipo exploratório e descritivo,
realizado na perspectiva quantitativa-qualitativa, via Análise de Conteúdo de
(BARDIN, 2006) e uso de escalas psicométricas para verificar a presença e a
intensidade de sintomas depressivos (Beck II, Hamilton e Montgomery
&Asberg;), assim como questionário semiestruturado para a presença de
comportamento suicida, em população geral de uma cidade de médio porte do sul
de Minas Gerais. Foram entrevistados 200 indivíduos do município em questão.
Destes, 73 (36,5%) apresentaram depressão apos aplicação das escalas (07
(9,5%) graves, 19 (26,12%) moderadas e 47 (64,38%) leves), sendo 57 (78,08%)
mulheres, 70 (95,89%) brancos, faixa etária de 29 a 39 anos (28,73%) e 51 a 61
anos (19,17%); 47 (64,38%) católicos, 19 (26,02%) evangélicos; 39 (53,42%)
casados, 20 (27,39%) com ensino fundamental incompleto e 14 (19,17%) com
ensino médio incompleto; 20 (27,39%) trabalhadoras do lar; 34 (46,57%) com
renda individual de até 2 salários mínimos e 39 (53,42%) com renda familiar de
2 a 5 salários mínimos. Os fatores protetores da sintomatologia depressiva
foram fé e equilíbrio psicológico e os de risco foram solidão, tristeza,
pensamentos perturbadores, perdas, dificuldades vivenciadas ao longo da vida e
negativismo. A percepção sobre o sofrimento psíquico relatado/detectado pelas
escalas foi tristeza, recordação de momentos dolorosos vividos, piedade, medo,
alívio por poderem conversar a respeito e solidão. A sintomatologia depressiva
na relação com o comportamento suicida, os indivíduos relataram desesperança,
alívio do sofrimento psíquico, negatividade, solidão, tristeza, ausência de
espiritualidade, sentimento de inutilidade e ruminação de pensamentos.
Conclui-se que a porcentagem de detecção de depressão na população geral em
estudo foi maior que a média nacional, prevalecendo depressão leve (64,38%). A
fé e equilíbrio emocional emergiram como fatores de proteção contra a
depressão e a solidão, tristeza, pensamentos perturbadores, perdas,
dificuldades vivenciadas ao longo da vida e negativismo surgiram como fatores
desencadeadores da mesma. A relação entre depressão e suicídio se fez
presente.
Referências: BARDIN, L. Análise de conteúdo (L. de A. Rego & A. Pinheiro, Trads.). Lisboa: Edições 70. (Obra original publicada em 1977), 2006.
CARNEIRO, A. M.; FERNANDES, F.; MORENO, R. A.. Hamilton depression rating scale and Montgomery–Asberg depression rating scale in depressed and bipolar I patients: psychometric properties in a Brazilian sample. Health and Quality of Life Outcomes, v.13, n.42, 2015. http://doi.org/10.1186/s12955-015-0235-3
WORLD HEALTH ORGANIZATION. Global health indicators. World health mental statistics, 2013. Disponivel: . Acesso em: 17 de agosto de 2015.
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