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71º CBEn • ISSN: 2319-0086
Resumo: 6523592


6523592

QUALIDADE DE VIDA DAS FAMÍLIAS DE PESSOAS COM TRANSTORNO DO ESPECTRO AUTISTA

Autores:
Silvana Rodrigues da Silva|silvanardasilva@gmail.com|enfemeira|doutor Em Educação|docente|universidade Federal do Amapá ; Nelcirema da Silva Pureza Ferreira|nellpureza44@gmail.com|psicóloga|mestre Em Ciências da Saúde|psicóloga|centro Educacional Raimundo Nonato ; Demilto Yamaguchi Pureza|demiltonp@gmail.com|educador Físico|doutor|docente|universidade Federal do Amapá ; Anneli Mercedes Celis de Cardenas|celismontoya@gmail.com|enfermeira|doutora|docente|universidade Federal do Amapá ; Leila do Socorro Rodrigues Feio|leila_feio@yahoo.com|pedagoga|doutora|docente|universidade Federal do Amapá

Resumo:
**Introdução:** A violência intrafamiliar ocorre entre membros da família ou parceiros íntimos no espaço doméstico. Qualquer relação social que cause dano físico, psicológico ou moral à pessoa se constitui em uma violência, agressão, maus-tratos abuso. Em se tratando da violência intrafamiliar contra uma pessoa idosa, deve-se considerar ainda as questões culturais que podem contribuir, uma vez que o idoso em muitos espaços é visto como pessoa inútil e relegado à marginalização. **Objetivo: **Compreender a influência dos grupos terapêuticos na vida de pessoas idosas que sofrem violência praticada por familiar usuário de álcool e outras drogas. **Metodologia:** Pesquisa com abordagem qualitativa, fundamentada no Construcionismo Social. A produção dos dados resultou a partir da  estruturação de um grupo terapêutico constituído para idosos, que passaram a compor os participantes do estudo. Para inclusão no grupo adotou-se como critérios: ter idade igual ou superior a 60 anos, ser vítima de violência praticada por familiar dependente químico, ter acessado o Centro de Atenção Psicossocial Álcool e Drogas do município para solicitar auxílio, aceitar frequentar/participar do grupo terapêutico. Participaram sete idosos que vivenciaram situação de violência intrafamiliar praticada por usuário de álcool e outras drogas. Foi realizada entrevista inicial com cada idoso e, na sequência, eles frequentaram o grupo terapêutico semanalmente, por um período de seis meses. Os diálogos ocorridos nos encontros grupais foram registrados em diário de campo e objeto de análise. Ao término do período dos encontros grupais, os idosos foram novamente entrevistados. As entrevistas foram transcritas, analisadas e interpretadas, construindo-se mapas de associação de ideias. **Resultados e discussão:** Os mecanismos positivos e os negativos, presentes nos grupos terapêuticos, podem mascarar ou desmistificar realidades de sofrimento e exclusão, como os associados à violência intrafamiliar, ao uso de álcool e outras drogas e ao envelhecimento. Desse modo, o grupo terapêutico possibilita aos idosos romper os processos estereotipados, buscando fortalecê-los para que possam dar conta de seus conflitos. Este espaço permite, ainda, a identificação com outros casos, despotencializando os do próprio sujeito. Ou seja, comporta que em momentos de trocas e ressignificações coletivas os sujeitos, mediante mudança e redimensionamento do foco do conflito, têm maior probabilidade de reelaboração simbólica e reestruturação de processos reflexivos, frente a sua própria conflitiva. **Considerações finais: **As atividades grupais se constituem em ferramentas da clínica ao produzir novas formas de cuidado e de vida para seus integrantes. Isto pode acontecer por meio do conhecimento técnico e, também, da vida dos usuários e da comunidade, relativos à história, território, cultura e as instituições envolvidas.


Referências:
Mascarenhas MDM, Andrade SSCA, Neves ACM, Pedrosa AAG, Silva MMA, Malta DC. Violência contra a pessoa idosa: análise das notificações realizadas no setor saúde. Ciência & Saúde Coletiva, 17(9): 2331-41, 2012.