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71º CBEn • ISSN: 2319-0086
Resumo: 6516066


6516066

A REFLEXIVIDADE SOBRE A FORMAÇÃO PROFISSIONAL DOS GESTORES DA ATENÇÃO BÁSICA: IMPLICAÇÕES PARA A ASSISTÊNCIA

Autores:
Suellen Gomes Barbosa Assad|suellengomesbarbosa@gmail.com|enfermeiro|mestre Em Ensino Na Saúde Pela Universidade Federal Fluminense|enfermeira da Estratégia da Saúde da Família|prefeitura Municipal de Miracema ; Lilian Dias Ennes|lilianennes19@gmail.com|enfermeiro|mestre Em Enfermagem Pela Escola de Enfermagem Anna Nery/ufrj|enfermeira do Ambulatório de Urologia|hospital Federal Cardoso Fontes

Resumo:
**Introdução:** Na UTI, 59% dos clientes desenvolvem quadro de _delirium_ em seus subtipos. Distúrbios eletrolíticos tais como, a hiponatremia, hiper/hipocalcemia, hipo/hipercalemia e acidoses, respiratória e metabólica, acarretam alterações comportamentais semelhantes às psicoses funcionais. 1 O _delirium_ decorre de patologias clínicas e/ou cirúrgicas, caracterizando quadros confusionais, associados ao confinamento em UTI, quando os clientes não encontram-se comatosos por acometimento neurológico ou sob _status_ sedativo.2 A intoxicação hídrica, causadora da hiponatremia, hipocalcemia própria da injúria renal aguda, hipofosfatemia e hipomagnesemia, na hiperêmese e diarréia por _Clostridium balmani_, hipocalemia por diálise ou por prova diurética e a alcalose severa, pós-correção de hipercapnia, se não visualizadas pelo enfermeiro, na análise gasométrica, corrigidas por sinalização imediata ao médico-prescritor, culminam em encefalopatias tóxicas e metabólicas. Ao enfermeiro cabe observar o perfil hidroeletrolítico, associando/diferenciando quadros psicóticos em UTI que se correlacionam ao desarranjo metabólico, prevenindo a abordagem puramente prescritiva sedativo-ansiolítica. **Objetivo:** Apresentar o conhecimento do Enfermeiro Intensivista acerca da inter-relação entre distúrbio eletrolítico e _delirium_. **Metodologia: **Abordagem quanti-qualitativa, descritiva, exploratória, interseccional, tipologia _survey_3, com _n_= 50, por conveniência, Enfermeiros Intensivistas, por tiragem de três hospitais do Rio de Janeiro, por questionário auto-aplicável de quatro questões fechadas, via _internet_. **Resultados:** Significativa amostra (25/50%) associa o _delirium_ em UTI, ao desenvolvimento de transtornos psicóticos isolados ao quadro eletrolítico, mas desconhecem suas causas. Cinco enfermeiros (10%) não descartam a psicose típica isolada ou ainda, associada à desordem metabólica, afiançando que cabe ao enfermeiro avaliar o perfil bioquímico eletrolítico, atentando para alterações cognitivas e sensoriais, como diferencial para a ocorrência do _delirium. _**Conclusões:** A habilidade de articular saberes e práticas é essencial às especialidades. Assim, é possível delinear necessidades de modificações clínicas, em concomitância ao planejamento assistencial, pelo enfermeiro. O cliente em UTI deve ser avaliado, sob nuances biológicas e psicossociais, o que diretamente influencia o cuidado de enfermagem.


Referências:
1. Botega, NJ. Prática Psiquiátrica no Hospital Geral: Interconsulta e Emergência. Artmed Editora, 2017. 2. Sthall, SM; Muntner, N. Essential psychopharmacology. Neuroscientific basis and practical applications. Cambridge: Cambridge University Press, 2000. 3. Khoury,HTT.Survey: características e condução. 2010. Disponível em