6300955 | Simulação realística para o ensino do Manejo Essencial da Parada Cardiorrespiratória, para graduandos de enfermagem: Relato de experiência. | Autores: Thais Lazaroto Roberto Cordeiro|thais.lazaroto2014@gmail.com|enfermeira|especialista|coordenadora Técnica|faculdades Pequeno Principe ; Kalliny Nathiara de Oliveira Stralhoti|kalliny_stralhoti@hotmail.com|enfermeira|especialista|residente de Enfermagem|secretaria Municipal de Saúde |
Resumo: **Introdução**- A enfermagem atuante no Programa de saúde do Escolar, pode inserir-se em atividades de redução de danos, o qual pode ser considerado um método para o cuidado em saúde dos usuários que não conseguem ou não tem interesse de abandonar o vício. O ensino formal é reconhecido como um local privilegiado para as ações educativas sobre drogas, no entanto, estudos indicam convergência entre as diretrizes acadêmicas e o despreparo sobre a teoria atrelada a afetividade do educador para assumir essa tarefa.1 **Objetivo**: Relatar a experiência de Redução de Danos com adolescentes que vivem situações de vulnerabilidade. **Metodologia**- Relato de experiência, por meio da Metodologia de Pesquisa Cuidado em Grupo(MPCG). Foram realizados sete encontros com adolescentes numa Escola Municipal de uma cidade do interior do Rio Grande do Sul, no segundo semestre de 2017. A MPCG2 disponibiliza ao pesquisador recursos que orientam o cuidado em grupo, permitindo escuta sensível e posicionamento assertivo na condução dos encontros de cuidado e da própria pesquisa. **Resultados**: As adolescentes verbalizaram suas angustias, preocupações, sofrimentos e vivencias semelhantes, o que proporcionou um cuidado mutuo. O desabafo empodera para reagir e defender-se dos riscos e adversidades advindas de abuso sexual, familiares usuários de álcool e outras drogas, aliciamento de menores, fome e abandono dos pais. As adolescentes evadem da escola por cobranças vinda dos pais para que assumam o cuidado de irmãos menores. A falta3 de diálogo e os conflitos familiares são problemas encontrados na comunidade, uma vez que a base familiar é fator de proteção para o uso de drogas. As ações de redução de danos, amenizam os prejuízos individuais e sociais associados as drogas, e a partir do respeito às diversidades e singularidades, a redução de danos visa o resgate direto e individual de escolha e de acesso aos serviços de saúde4. **Conclusão**: a redução de danos, é uma ferramenta exitosa, para ser trabalhada com adolescentes nas escolas. Os diálogos abertos e não coercitivos, aproximam os adolescentes dos profissionais de saúde, permitem construir parcerias de promoção da saúde e valorização de si mesmo, trazendo-o para a realidade.
Referências: 1 Adade M; Monteiro S. Educação sobre drogas: Uma proposta orientada pela redução de danos. Rev.Educ. Pesqui., São Paulo, Aheadofprint, jun. 2013. P.01-16
2 Costenaro RGS, Lacerda MR. Metodologias da pesquisa para a Enfermagem e Saúde: da teoria à prática. Porto Alegre, PA: Editora Moriá, 2016. 511p
3 Sanchez F. et al. Razões para o não uso de drogas ilícitas entre jovens em situação de risco. Revista Saúde Pública. 39(4):599-605. 2005.
4 Santos V; Soares C; Campos C. Redução de danos: análise das concepções que orientam as práticas no Brasil. Physis: Revista de Saúde Coletiva. Rio de Janeiro, v. 9, n. 16, p. 115-29, 2010. |