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71º CBEn • ISSN: 2319-0086
Resumo: 6264999


6264999

ENFERMAGEM E A VIOLÊNCIA CONTRA A MULHER: UM COMPROMISSO DA SOCIEDADE BRASILEIRA

Autores:
Edineia Batista Vasconcelos|vasconcelos.edineia@gmail.com|enfermeiro|enfermeira Residente|residente|prefeitura Municipal de São José dos Pinhais ; Vivian Freitas de Borba|vivianfreitasborba@hotmail.com|enfermeiro|especialista Em Saúde da Família|enfermeira|faculdades Pequeno Príncipe

Resumo:
A adolescência e a gestação são fases de transição que podem deixar marcas positivas ou negativas na vida da adolescente¹. Neste aspecto, é essencial garantir a parturiente atendimento qualificado, tornando-a protagonista neste processo². O objetivo deste estudo foi analisar as práticas obstétricas prestadas às parturientes adolescentes em maternidades de referência da Rede Mãe Paranaense. Trata-se de um estudo transversal realizado em municípios da 17ª Regional de Saúde do Paraná, entre julho e novembro de 2017, a partir de cálculo amostral, totalizando 488 puérperas. Foram incluídas no estudo as com idade entre 10 e 19 anos. Os dados foram obtidos por meio de entrevista individual e busca em prontuários, após, realizou-se análise descritiva. A população adolescente foi de 97 (19,9%), 57,73% era da cor branca, 20,6% sem companheiro e 90,72% sem ocupação. Em relação ao acesso a métodos de alívio da dor, 61,8% das parturientes foram levadas ao banho, 41,2% colocadas na bola, somente 34,0% receberam massagem e 74,2% referiram não ter recebido analgesia. Mais de 55% receberam ocitocina para condução do parto e 39,2% para indução. Aproximadamente 62% receberam orientações sobre o pré-parto e parto, quase 94% tinham acompanhante. Cerca de 51% dos recém-nascidos foram colocados para sucção imediata na sala de parto. Conclui-se que várias práticas obstétricas consideradas importantes não estão sendo realizadas para a totalidade das adolescentes, evidenciando a necessidade de rever tais práticas, para que assim, todas parturientes tenham acesso ao parto humanizado.


Referências:
¹ Ministério da Saúde (BR). Diretrizes nacionais de assistência ao parto normal: versão resumida – Brasília : Ministério da Saúde; 2017. ² Silva RC, Soares MC, Jardim VMR, Kerber NPC, Meincke SMK. O discurso e a prática do parto humanizado de adolescentes. Texto contexto - enferm. 2013; 22( 3 ): 629-636.