6259409 | ATENDIMENTO EM SAÚDE AO PORTADOR DE SURDEZ: conhecimento do profissional da saúde | Autores: Victor Matheus Paes|unienfd15@gmail.com|enfermeiro|graduando|acadêmico|universidade Paulista - Unip Swift ; Thalyta Cardoso Alux Teixeira|enfermagemlimeira@unip.br|enfermeira|doutora|professora Titular do Curso de Graduação Em Enfermagem|universidade Paulista - Unip Swift ; Maria Eleonora Feracin da Silva Pícoli|feracin@gmail.com|bióloga|pós-doutora|professora Titular do Curso de Graduação Em Enfermagem|universidade Paulista - Unip Swift ; Raquel Machado Cavalva Coutinho|raquel@unip.br|enfermeira|doutora|coordenadora Geral do Curso de Graduação Em Enfermagem|universidade Paulista - Unip Swift |
Resumo: Objetivou-se relacionar a prevalência de depressão associada ao quadro de
Diabetes Melitus (DM), tipo 2, em população adulta de uma cidade de pequeno
porte do sul de Minas Gerais. **Metodologia:** estudo de análise documental,
descritivo, retrospectivo de campo, em prontuários físicos e eletrônicos do
e-sus (sistema de gestão de prontuários eletrônicos do SUS referente à atenção
básica) de pacientes portadores de DM 2. Utilizou-se instrumento de coleta de
dados com informações sociodemográficas e clínicas (sexo, idade, estado civil,
escolaridade, atividade laboral, renda média familiar mensal, tempo e
complicações da DM, uso de hipoglicemiantes orais e insulina e presença de
sintomas depressivos). Os critérios de inclusão foram: prontuários completos
de pacientes com DM 2 e que não usaram fármaco que apresentassem alterações
de humor. Os dados foram analisados por média, desvio padrão, teste qui-
quadrado (p<0,05) e correlação de Pearson (r>0,5). **Resultados:** 10,40% dos
indivíduos apresentaram DM 2 e 30,08% destes sintomatologia depressiva. Média
de idade foi 63 anos (dp= 5,44), com maior proporção do sexo feminino
(64,66%), na faixa etária de 50 a 70 anos. 40,7% não completaram o ensino
médio e 28,31% não completaram o ensino fundamental, 39,82% eram casados e
33,62%, separados/ divorciados. Sintomas depressivos foram mais prevalentes em
mulheres (31,7%), com renda mensal de até dois salários mínimos. 42,03% eram
aposentados e 21,68% trabalhadores rurais. 71,68% apresentaram tempo de DM 2
entre 5 a mais de 20 anos. Catarata foi a complicação clinica mais
predominante, com 20,79%, seguida da dor em membros inferiores (15,92%). 79,2%
faziam uso de hipoglicemiantes orais, sem uso concomitante de insulina
(84,51%). **Conclusão:** Este estudo evidencia prevalência de DM 2 acima da
média nacional em população geral, com 30% destes apresentando como co-
morbidade o quadro depressivo. Politicas públicas devem ser implementadas para
diminuição de tais índices no município em estudo.
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