5581831 | Estratégias de Redução de Danos no processo de cuidado aos usuários de crack | Autores: Paola de Oliveira Camargo|paolacamargo01@hotmail.com|pedagoga|doutoranda do Programa de Pós-graduação Em Enfermagem|estudante|universidade Federal de Pelotas ; Clarissa de Souza Cardoso|cissascardoso@gmail.com|enfermeira|doutoranda do Programa de Pós-graduação Em Enfermagem|estudante|universidade Federal de Pelotas ; Lieni Fredo Herreira|lieniherreiraa@hotmail.com|enfermeira|mestranda do Programa de Pós-graduação Em Enfermagem|estudante|universidade Federal de Pelotas |
Resumo: **INTRODUÇÃO: **A Organização Mundial da Saúde define eventos adversos como incidentes que resultam em danos à saúde do paciente e podem acometer indivíduos que permanecem internados por maiores períodos nas instituições¹. De acordo com o Ministério da Saúde, a Internação de Longa Permanência é caracterizada pela hospitalização por período maior ou igual a 30 dias². **OBJETIVO: **Analisar os eventos adversos em pacientes com internações de longa permanência no Sistema Único de Saúde. **MÉTODO: **Estudo quantitativo, descritivo, transversal, com pacientes adultos atendidos pelo Sistema Único de Saúde, internados por longa permanência e ocorrência de eventos adversos em uma instituição hospitalar filantrópica de alta complexidade do sul do Brasil. A coleta de dados ocorreu por meio de banco de dados secundário, de outubro de 2015 a outubro de 2016. Os dados foram analisados pelo _Statistical Package for Social Science _(SPSS) versão 21.0, com apresentação de estatística descritiva e o teste de qui-quadrado de Wald (p≤0,05). Aprovação do Comitê de Ética em Pesquisa, nº 084264/2016. **RESULTADOS: **Dos 218 pacientes, 70,2% eram homens, houve predominância de maiores de 60 anos (55%), consequentemente os aposentados representaram uma parcela expressiva (45%). A permanência hospitalar concentrou-se na faixa de 30 a 40 dias na maioria das internações (50,9%). Em relação aos eventos adversos, 31,2% apresentaram a ocorrência de um único episódio e 32,6% tiveram múltiplos (=>2) eventos, entretanto, 36,2% não apresentaram eventos adversos. A lesão por pressão destacou-se com 80% de predominância, a perda de dreno e a lesão de pele representaram 34,7% e 26,9%. Ao realizar o cruzamento das variáveis, a idade de 60 anos ou mais (72,5%) relacionou-se à ocorrência de eventos adversos com p-valor de 0,001. **CONCLUSÃO: **Pacientes submetidos a internações de longa permanência estão mais vulneráveis às ocorrências de eventos adversos, por maior exposição à danos. A análise destes eventos possibilitou definir estratégias relativas à gestão do cuidado na referida instituição, tendo a perspectiva de melhora a médio e longo prazo.
Referências: 1- WHO.World Health Organization. Patient safety research: introductory course - Session 1. What is patient safety? 2012.
2- BRASIL, Ministério da Saúde. Portaria nº 312 de 30 de abril de 2002. Padronização da Nomenclatura do Censo Hospitalar. Diário Oficial da República Federativa do Brasil, Brasília, 02 maio 2002. |