5326877 | Orientações acerca das doenças respiratórias em pediatria: um relato de experiência. | Autores: Demile Regina Carraro|demile.carraro@hotmail.com|estudante|estudante|estudante|universidade do Estado de Santa Catarina ; Kéuri Zamban Branchi|keurizamban@gmail.com|estudante|estudante|estudante|universidade do Estado de Santa Catarina ; Ana Paula Dall Bello|anapdbello@gmail.com|estudante|estudante|estudante|universidade do Estado de Santa Catarina |
Resumo: **INTRODUÇÃO: **No decorrer do tempo o processo de trabalho do enfermeiro tem modificado, acompanhando o desenvolvimento do conhecimento e influenciado pelas mudanças políticas, sociais e epidemiológicas que fundamentam o modelo de saúde que apontam para crises paradigmáticas do conhecimento científico.**OBJETIVO:** Compreender o significado de enfermeiro da atenção básica de saúde. **MÉTODO:** Estudo etnográfico, fundamentado no referencial da Antropologia Interpretativa. Dados coletados com 16 enfermeiras da Atenção Básica de Saúde, por meio de entrevistas, observação participante e diário de campo. **RESULTADOS: **Percebeu-se que a prática gerencial é priorizada dentre as outras dimensões do cuidado. Essa situação incomoda, produz inquietações e o paradoxo entre o ser e o fazer do enfermeiro, como registrado no diário de campo: “enfermeiro de PSF não atua como enfermeiro devido ao tempo que é gasto com atividades burocráticas e outras atividades administrativas, com isso, não sobra muito tempo para fazer a parte assistencial, mesmo da enfermagem” (Diário de campo, 20/09/2016).Nessa lógica, as ações assistenciais é que qualificam o cuidado e determinam a sua identidade. Os enfermeiros reelaboram o significado de suas ações à medida que eles a experienciam em seu processo de trabalho. Esse contexto tem gerado sentimentos negativos e insatisfação profissional que corrobora para a crise de identidade profissional. **CONSIDERAÇÕES FINAIS:** Ao dar relevância a dimensão social e cultural do processo de trabalho, foi possível compreender o significado atribuído ao significante enfermeiro, àquele que desenvolve a assistência. Assim, enfermeiro de Programa de Saúde da Família não é enfermeiro, porque não tem tempo de desenvolver a ação assistencial. A cobrança centralizada nas ações burocráticas tem levado os profissionais a priorizarem a gerência do serviço. Com isso, os enfermeiros se afastam cada vez mais do cuidado, o que corrobora para desmotivação, insatisfação e desvalorização.
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