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71º CBEn • ISSN: 2319-0086
Resumo: 5036582


5036582

SINTOMATOLOGIA DEPRESSIVA EM POPULAÇÃO GERAL DE MUNICÍPIO MINEIRO

Autores:
Giovanna Vallim Jorgetto|giovanna.jorgetto@ig.com.br|enfermeiro|mestre|doutoranda|escola Paulista de Enfermagem - Unifesp

Resumo:
**Introdução:** A Unidade de Tratamento Intensivo Neonatal (UTIN) acolhe Recém-Nascidos (RNs) prematuros, de baixo peso ou em condições críticas de saúde recebem cuidados especializados.¹ A experiência de ter seu filho internado em uma UTIN, associado às angustias e incertezas sobre o futuro gera sofrimento e a busca imediata para atribuir algum significado a essa nova experiência. As crenças e práticas espirituais são mediadoras no processo saúde-doença.² A espiritualidade impulsiona o ser humano na busca do sagrado na tentativa de dar sentido e resposta aos aspectos fundamentais da vida e a religiosidade é a expressão ou prática do crente que pode estar relacionada com uma instituição espiritual.3 **Objetivo: **Avaliar a percepção da espiritualidade e religiosidade dos pais de crianças internadas na Unidade de Terapia Intensiva Neonatal (UTIN).**Método: **Estudo descritivo, exploratório, de corte transversal com abordagem quantitativa. Realizado em uma UTIN do Departamento de Obstetrícia e Ginecologia de um Hospital de Ensino da zona central do município de São Paulo. A amostra foi de 26 entrevistas com pais/responsáveis de filhos internados na UTIN. Os dados foram coletados no horário de visita da UTIN, através de três instrumentos: ficha de caracterização sociodemográfica dos pais ou responsável, escala DUKE (DUREL) e DSES (EEES).**Resultados: **Predominantemente dos 26 entrevistados, 65,38% eram mães, 46,15% tinham entre 21 – 30 anos, 92,3% conviviam com seus parceiros, 65,3% eram natural de São Paulo, 50% procedente da região central, 27% estavam desempregados, 69,23% possuíam renda familiar entre 1.000 e 2.000 reais, 65,4% tinham renda individual entre zero e 1.000 reais, 34,61% tinham 2 pessoas dependentes dessa renda, 57,69% tinham cursado o ensino médio, 42,30% eram evangélicos e 50% praticavam a religião indo a cultos/missas e rezas. 65,38% dos neonatos internados eram do sexo feminino e causa de internação mais comum foi pré – termo com 57,69%.**Conclusão:** Concluímos que as mães dos neonatos vivenciam a religiosidade e a espiritualidade de uma forma mais intensa, a dedicação das mães no cuidado dos seus filhos expõe elas as situações angustiantes, de medo da morte, do desconhecido e do incerto todos esses fatores fazem com as mães acabem buscando mais a religiosidade e a espiritualidade atrás de conforto, de força, esperança e formas de enfrentamento daquela situação tão estressante. É de extrema importância que a enfermagem consiga compreender o sofrimento dessas mulheres não apenas da perspectiva social, biológica e psicológica e sim da perspectiva espiritual.


Referências:
1. Rocha L., Monticelli M., Martins A., Scheidt D., Costa R., Borck M., et al. Sentimentos paternos relacionados à hospitalização do filho em unidade de terapia intensiva neonatal. Rev. Enferm. UFSM; Mai/Ago 2012; 2(2):264-74. 2. Bousso RS, Serafim TS, Misko MD. Histórias de vida de familiares de crianças com doenças graves: relação entre religião, doença e morte. Rev. Latino-Am. Enfermagem, mar-abr 2010, vol 18 (2): 11-7. [Acessado em: 29 de Outubro de 2016]; [Disponível em: http://www.scielo.br/pdf/rlae/v18n2/pt_03]. 3. Gomes S.N., Farina M.; Forno D.C. Espiritualidade, Religiosidade e Religião: Reflexão de Conceitos em Artigos Psicológicos. Revista de Psicologia da IMED, 2014, 6(2): 107-12. [Acessado em: 29 de Outubro de 2016]; [Disponivel em: https://dialnet.unirioja.es/descarga/articulo/5155073.pdf].