4965668 | INSERÇÃO DO ENFERMEIRO NO MERCADO DE TRABALHO: UMA REVISÃO INTEGRATIVA | Autores: Mayara Ana da Cunha Kersten|mayaracunha0104@hotmail.com|enfermeiro|mestre Em Educação|docente|universidade do Vale do Itajaí ; Rafaella Rebello|rafaellarebello@gmail.com|enfermeiro|mestranda Em Educação|enfermeiro|universidade do Vale do Itajaí ; Tania Regina Raitz|raitz@gmail.com|docente de Pós-graduação|doutora|docente|universidade do Vale do Itajaí ; Ana Claudia Delfini Capistrano de Oliveira|anaclaudia.univali@gmail.com|docente de Pós-graduação|doutora|docente|universidade do Vale do Itajaí |
Resumo: A terapêutica medicamentosa na saúde mental tem por finalidade a recuperação
do melhor estado de saúde, a diminuição dos riscos relacionados às doenças
crônicas, o alívio dos sintomas, a redução de incapacidades e de recaídas1-2.
Entretanto, a não adesão a essa terapêutica é uma prática recorrente que
ocasiona um relevante impacto ao indivíduo. Nesse contexto, este estudo
objetivou adaptar culturalmente e validar as propriedades psicométricas do
instrumento Medida de Adesão ao Tratamento para pessoas brasileiras com
transtorno mental. Trata-se de um estudo metodológico, no qual foi realizado a
adaptação transcultural e validação do instrumento Medida de Adesão ao
Tratamento desenvolvido em Lisboa, Portugal, por Delgado e Lima³. A adaptação
foi realizada segundo recomendações internacionais, enquanto a validação de
constructo por meio da análise fatorial exploratória e da verificação da
consistência interna pelo alfa de _Cronbach_ a partir da aplicação do
instrumento a 300 pessoas com transtornos mentais em tratamento em dois CAPS
de Curitiba (PR) no período de abril a junho de 2014. A validação de face e de
conteúdo foi alcançada por meio da avaliação de comitê de especialista e a
realização do pré-teste. Posteriormente ao aplicar a análise fatorial
emergiram dois fatores de constructo do instrumento: ação involuntária e ação
voluntária, com total da variância de explicação de 55,7%. Quanto ao teste de
esfericidade de Barlett obteve-se um resultado de p<0,001. O alfa de Cronbach
geral estimado foi de 0,74. Conclui-se que o instrumento Medida de Adesão ao
Tratamento a partir da adaptação e validação se mostrou válido e fidedigno
para ser utilizado na verificação da adesão à terapêutica medicamentosa por
pessoas brasileiras com transtorno mental.
Referências: 1. Estrela KSR, Loyola CMD. Administração de medicamentos de uso quando necessário e o cuidado de enfermagem psiquiátrica. Rev Bras Enferm. 2014;67(4):563-7.
2. World Health Organization. Mental Disorders. 2017. Disponível em: http://www.who.int/topics/mental_disorders/en. Acesso em: 05/07/2017.
3. Delgado AB, Lima ML. Contributo para a validação concorrente de uma medida de adesão aos tratamentos. Psicologia, Saúde e Doenças. 2001; 2(2):81-100. |