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71º CBEn • ISSN: 2319-0086
Resumo: 4550337


4550337

A Vivência da Maternidade em Mulheres Privadas de Liberdade

Autores:
Dieyssi Gonçalves Pereira Devens|dieyssi_nany@hotmail.com|estudante|graduanda Em Enfermagem|estudante|faculdade Adventista Paranaense ; Claudia Regina Marchiori Antunes Araujo|claudia_marchiori@hotmail.com|professora|doutora|professora|faculdade Adventista Paranaense

Resumo:
INTRODUÇÃO: O movimento de Reforma Psiquiátrica no Brasil orientou a implementação das políticas de saúde mental no país. Esse movimento defende uma ruptura com o aparato manicomial da psiquiatria tradicional, buscando a descentralização do cuidado com a criação de serviços substitutivos, a redução de leitos psiquiátricos e a reinserção social do usuário. Para alcançar esses objetivos, buscar a integralidade e atender ao requisito da territorialidade do cuidado, preconizado pelo Sistema Único de Saúde (SUS), a Atenção Primária tem um papel estratégico. OBJETIVO: Verificar a inclusão de ações de Saúde Mental no processo de trabalho dos enfermeiros no serviço da Atenção Básica. METODOLOGIA: Tratou-se de uma pesquisa de caráter exploratória, descritiva com abordagem quantitativa, realizada com enfermeiros(as) de Unidades de Saúde da Família em todos os cinco Distritos Sanitários do município de João Pessoa-PB. Os participantes responderam a um questionário informando a frequência de ações de saúde mental realizadas no seu cotidiano profissional. Os dados referidos foram organizados em planilhas e analisados suas frequências com base na estatística descritiva. RESULTADOS: A coleta de dados foi constituída por uma amostra de quarenta e oito enfermeiros(as). Foi apresentada alguma capacitação em saúde mental pela maioria dos participantes, e quase nenhuma especialização na área. As ações de saúde mental, grande parte dos participantes relataram como raras. Cerca de 31 enfermeiros (as) apontaram como principal dificuldade: falta de capacitação profissional, falta de interesse de outros profissionais, deficiência no conhecimento sobre a Rede de Saúde Mental e problemas na integração desses serviços. CONCLUSÃO: Os resultados mostraram-se úteis para melhor compreensão do processo de trabalho das equipes: as ações são escassas, feitas de forma pontual, prevalecendo a ênfase na medicalização do cuidado. Um achado relevante foi a falta de indicadores e registros dessas ações.


Referências:
COSTA M. Concepções de rede e estratégia na atenção psicossocial: diferenças, contradição e (inter) conexões. Cadernos Brasileiros de Saúde Mental/Brazilian Journal of Mental Health, Florianópolis, 2017; 9 (22): 98-112. GONÇALVES, D et al. Estudo multicêntrico brasileiro sobre transtornos mentais comuns na atenção primária: prevalência e fatores sociodemográficos relacionados. Cad. Saúde Pública, Rio de Janeiro, 2014; 30 (3): 623-632. NUNES J; GUIMARAES J; SAMPAIO J. A produção do cuidado em saúde mental: avanços e desafios à implantação do modelo de atenção psicossocial territorial. Physis, Rio de Janeiro, 2016; 26 (4): 1213-1232. SILVA FILHO LB. Políticas de saúde mental para efetivação do cuidado integral na Atenção Básica. [Dissertação de Mestrado] João Pessoa: CCEN/UFPB; 2018.