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71º CBEn • ISSN: 2319-0086
Resumo: 4335187


4335187

Protocolo assistencial de prevenção e monitoramento de quedas em unidade neonatal

Autores:
Mitzy T Reichembach|mitzyr257@gmail.com|enfermeira|doutora|professora|universidade Federal do Paraná ; Izabela Linha Secco|izabelasecco_enf_@hotmail.com|enfermeira|mestranda|enfermeira Intensivista Neonatal|hospital Infantil Waldemar Monastier ; Taine Costa|tainecosta.souza@yahoo.com.br|enfermeira|doutoranda|enfermeira Intensivista Neonatal|hospital Infantil Waldemar Monastier ; Etiene Letícia Leone de Moraes|etieneleticia@hotmail.com|enfermeira|mestre|enfermeira Intensivista Neonatal|hospital Infantil Waldemar Monastier ; Regiane Afonso|regianeafonso@sesa.pr.gov.br|enfermeira|especialista|coordenadora Unidade de Terapia Intensiva Neonatal|hospital Infantil Waldemar Monastier ; Márcia Helena de Souza Freire|marciahelenafreire@gmail.com|enfermeira|doutora|professora|universidade Federal do Paraná

Resumo:
**Introdução**: A literatura nacional sobre os abusos contra as mulheres ainda está, predominantemente, pautada nas relações tradicionais de gênero, sendo escasso o debate sobre a ocorrência do evento em mulheres transexuais, sobretudo quando associado a outras situações de vulnerabilidade. **Objetivo**: estimar a prevalência de violência contra mulheres transexuais e sua associação com a infecção pelo HIV. **Metodologia**: trata-se de estudo transversal com amostra de 345 mulheres transexuais recrutadas no projeto "Transceder"1, realizado no Rio de Janeiro. As participantes do estudo foram entrevistadas com instrumento estruturado e testadas para a infecção. O conjunto de dados foi analisado calculando-se as prevalências, Odds Ratio e respectivos intervalos de confiança, aplicando o teste qui-quadrado para avaliar a significância estatística das associações. **Resultados**: as magnitudes das violências física e sexual foram de 54,2% (IC95%:48,9/59,5) e 46,5% (IC95%:42,2/52,8), respectivamente. Com exceção da violência praticada por estranhos, as formas mais frequentes de violência física e sexual foram perpetradas por familiares (30,9%;26,7%) e por amigos (23,0%; 18,8%). A presença de infeção pelo HIV apresentou associações significativas para os desfechos de violências física (OR 1,7; IC95%:1,1/2,7;p 0,016) e sexual (OR 1,6; IC95%:1,1/2,6;p 0,022). **Conclusão**: além da elevada magnitude das violências sendo perpetradas por pessoas que tradicionalmente constituiriam a rede de suporte destas mulheres, observou-se a elevação das chances de violência ao associar a vulnerabilidade produzida pela infecção pelo HIV. **Implicações para a enfermagem**: no campo da formulação das políticas públicas e da construção de novos estudos, deve ser considerada a hipótese da infecção pelo HIV como fator associado à ocorrência das violências.


Referências:
1. Grinsztejn B, et al. Unveiling of HIV dynamics among transgender women: a respondent-driven sampling study in Rio de Janeiro, Brazil. Lancet HIV. 2017;3018:1–8.