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71º CBEn • ISSN: 2319-0086
Resumo: 3707022


3707022

Prevalência e fatores associados a Transtorno mental comum em adultos residentes em município do interior do Rio Grande do Sul livres de doença mental prévia: Estudo de base populacional

Autores:
Lucélia Caroline dos Santos Cardoso|enflucarol@gmail.com|enfermeira|mestre|docente|centro Universitário Cenecista de Osório ; André Luis Bendl|bendlandre@gmail.com|médico|mestre|médico da Estratégia de Saúde da Família de Riozinho|universidade La Salle ; Luzia Teresinha Vianna dos Santos|luziatvs@hotmail.com|enfermeira|mestre|docente|universidade Luterana do Brasil ; Rafael Fernandes Zanin|rafaelzaninn@gmail.com|farmacêutico Bioquímico|doutor|docente|universidade La Salle ; Julio César Walz|juliowalz@hotmail.com|psicólogo|doutor|docente|universidade La Salle

Resumo:
As condições e modo de vida das pessoas em situação de rua são fenômenos complexos configurando a essa camada como quem vive na miséria extrema1. **Objetivo **compreender as condições, o modo de vida e as repercussões do envelhecimento para pessoas idosas, que vivem em situação de rua em Porto Alegre. **Metodologia**: estudo descritivo e abordagem qualitativa. Foram selecionadas 19 pessoas idosas, por amostragem aleatória simples e fechamento amostral por saturação teórica, entrevistadas nos serviços de acolhimento da FASC e nas ruas no período de 2015 a 2017. Foi realizada análise textual discursiva conforme proposta por Roque Moraes. **Resultados:** A maioria dos pesquisados têm entre 60 e 69 anos, são negros ou pardos, têm ensino fundamental incompleto, trabalham ou não têm renda, ficam nas ruas e estão nessa condição entre 1 a 5 anos, em decorrência de desentendimentos familiares e difíceis condições financeiras. As estratégias de sobrevivência o recurso a locais movimentados, o uso dos dispositivos de acolhimento institucional, o vínculo com conhecidos que doam roupas e alimentos, o trabalho informal e, no caso das mulheres, o relacionamento com um companheiro. A qualidade de vida é ter acesso àquilo que não possuem, como saúde, alimentação, família/cuidador/esposa e uma “pecinha” para morar. Enquanto vivenciam a privação de direitos, acreditam que não há qualidade de vida, exceto a fé que os mantém. **Conclusão: **A importância de criar espaços para discutir essas questões no âmbito das políticas públicas, dando voz para que essa população expresse suas demandas e que o Estado possa garantir os direitos básicos dessa população, ponto fundamental para promoção de um envelhecimento ativo.


Referências:
Fernandes, F., Raizer, M., & Brêtas, A. (2007). Pobre, idoso e na rua: uma trajetória de exclusão. Revista Latino-Americana De Enfermagem, 15(spe), 755-761. https://doi.org/10.1590/S0104-11692007000700007