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71º CBEn • ISSN: 2319-0086
Resumo: 3658010


3658010

A VIVÊNCIA DE RESIDENTES EM ENFERMAGEM INTENSIVA EM INSTITUIÇÕES PÚBLICAS E PRIVADAS

Autores:
Bruna Borges de Cerqueira|luccianecerqueira@gmail.com|enfermeira|especialista|enfermeira Assistencial|universidade Federal da Bahia ; Isabella Batista Pires|isabellabpires@gmail.com|enfermeira|especialista|mestranda|universidade Federal da Bahia ; Fernanda Cajuhy dos Santos|nanda_cajuhy@yahoo.com.br|enfermeira|especialista|mestranda|universidade Federal da Bahia ; Iasmim Lima Aguiar||enfermeira|especialista|enfermeira Assistencial|hospital São Rafael ; Samara Ribeiro Alves da Silva||enfermeira|especialista|enfermeira Assistencial|hospital da Cidade ; Cláudia Almeida Ribeiro Torres||enfermeira|especialista|mestranda|universidade Federal da Bahia

Resumo:
**Introdução**: O crescente número de cesáreas no Brasil indica a ocorrência de intervenções desnecessárias no processo de parturição: uma a cada quatro mulheres sofre violência obstétrica, caracterizada pela apropriação do corpo e processos reprodutivos das mulheres pelos profissionais de saúde através do tratamento desumanizado, abuso da medicalização e patologização dos processos naturais do parto, causando a perda da autonomia e capacidade de decidir livremente, podendo ocorrer em diversas fases do período gestacional: abortamento, trabalho de parto, parto e puerpério. **Objetivo**: Descrever as principais situações de violência sofrida por mulheres durante o processo de parturição. **Método**: Revisão integrativa em materiais e periódicos das bases de dados LILACs e SCIELO, tendo como critérios de inclusão os últimos cinco anos, texto completo e língua portuguesa, resultando em 14 referências utilizadas. Questão norteadora _“Quais as principais situações de violência obstétrica_?”  **Resultados:** Os artigos revisados foram categorizados em violência física, verbal e institucional e as principais práticas prejudiciais relacionadas ao processo de parturição encontradas na revisão realizada foram  - impedimento de acompanhante (64,29%); - episiotomia sem indicação (64,29%); - uso de ocitocina (50%);  - restrição alimentar (42,86%); - amniotomia precoce e restrição da posição de parir (35,71%); - uso de manobra de KristelIer (28,57%). **Conclusão:** Uma assistência multiprofissional pode favorecer práticas assistenciais, carregadas de significados culturais e ideologias, favorecem a perpetuação desse tipo de violência, muitas vezes justificadas pelas precárias condições de trabalho. **Implicações para a enfermagem: **Ações de; prevenção quaternária, assistência pré-natal de qualidade, humanização na assistência durante o trabalho de parto e pós-parto, tanto individuais, como familiares e com a comunidade, bem como a elaboração de plano de parto podem contribuir efetivamente na redução dos índices de violência obstétrica.


Referências:
ZANARDO GLM, et al. Violência obstétrica no Brasil: uma revisão narrativa. Psicologia e Sociedade.2016 Acesso em: 24/08/2018. Disponível em: ROCHA MJ, GRISI EP. Violência Obstétrica e suas Influências na Vida de Mulheres que Vivenciaram essa Realidade. Id on Line Revista Multidisciplinar e de Psicologia, 2017; 11(38):623-635.