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71º CBEn • ISSN: 2319-0086
Resumo: 3169889


3169889

O CONHECIMENTO DAS GESTANTES SOBRE AS BOAS PRÁTICAS OBSTÉTRICAS

Autores:
Leila Schmidt Bechtlufft|leila.s.b@hotmail.com|enfermeira|mestre|professora Assistente|faculdade Arthur Sá Earp Neto ; Nathália de Sousa Reis|nathaliasousa18@hotmail.com|enfermeira|graduação|enfermeira|faculdade Arthur Sá Earp Neto

Resumo:
**INTRODUÇÃO**: A violência contra a mulher encontra forças numa sociedade patriarcal. Tal situação se agrava quando junta-se a essa ideia a questão racial, o que coloca a mulher negra numa situação de maior vulnerabilidade. **OBJETIVOS:** Descrever o perfil da violência sofrida por mulheres negras. **MÉTODO:** Trata-se de um estudo documental com abordagem quantitativa, desenvolvido no Centro de Referência de Atendimento à Mulher do munícipio de Cajazeiras, Paraíba. Os dados foram coletados através de fichas de atendimento do período de 2010 a 2015. Estudo aprovado sob parecer 1.703.204. **RESULTADOS E DISCUSSÃO: **Foram identificadas 35 fichas de atendimento a mulheres negras. No que concerne a idade, as mulheres tinham entre 17 e 80 anos, sendo a maioria 11 (31,4%) mulheres na faixa de 30 a 39 anos; a maioria 18 (51,4%) eram casadas/união consensual;  o ensino médio foi a escolaridade máxima do grupo, mas a maioria 13 (37,1%) tinham ensino fundamental; a profissão mais prevalente foi de doméstica 11 (31,4%). No tocante a violência observou-se que as mulheres sofrem violências múltiplas, o total de atos somam 73 episódios, sendo a violência psicológica a mais comum 27 (36,9%), seguida da física 17 (23,2%) e moral 15 (20,5%). As demais violências foram a patrimonial, sexual e tortura 14 (19,7%). Os principais agressores eram conhecidos 31 (88,6%), onde o companheiro/ex-companheiro figura como principal agressor 18 (58,1%). Observar o perfil desenhado fortalece que as desigualdades alimentam a violência histórica contra a população negra.  **CONSIDERAÇÕES FINAIS: **Destaca-se que a importância de categorizar a violência por gênero e raça são fundamentais para desenhar políticas e ações para diminuir a iniquidade e garantir o efetivo direito à vida e à segurança. **CONTRIBUIÇOES PARA ENFERMAGEM**: Identificação de vulnerabilidades para prevenção da violência contra mulheres negras.


Referências:
Bandeira LM, Amaral M. Violência, corpo e sexualidade: um balanço da produção acadêmica no campo de estudos feministas, gênero e raça/cor/etnia. Rev Bra Sociologia. 2017; 05(11): 48-85.