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71º CBEn • ISSN: 2319-0086
Resumo: 2805852


2805852

OFICINA SOBRE VALORIZAÇÃO DA VIDA – SETEMBRO AMARELO CAPS-II ITAJAÍ: um relato de experiência

Autores:
Elaine Duarte|eelaine.dduarte@gmail.com|estudante de Graduação|enfermeira|estudante de Graduação|universidade do Vale do Itajaí, Univali ; Luciara Teichmann|luci.enferm2016@gmail.com|estudante de Graduação|enfermeira|estudante de Graduação|universidade do Vale do Itajaí, Univali ; Aline Axt Vieira|alineaxt10@hotmail.com|estudante de Graduação|enfermeira|estudante de Graduação|universidade do Vale do Itajaí, Univali ; Noeli Antunes Duarte|antuesnoeli@gmail.com|estudante de Graduação|enfermeira|estudante de Graduação|universidade do Vale do Itajaí, Univali

Resumo:
A população em situação de rua se caracteriza por um grupo populacional heterogêneo que possui em comum a pobreza extrema, os vínculos familiares interrompidos ou fragilizados e a inexistência de moradia convencional regular, e que utiliza os logradouros públicos e as áreas degradadas como espaço de moradia e de sustento, de forma temporária ou permanente, bem como as unidades de acolhimento para pernoite temporário ou como moradia provisória¹. A SAE é um instrumento que vai proporcionar ao profissional enfermeiro uma maior autonomia, além de permitir o cuidado de maneira holística, em especial, da saúde da mulher que se encontra em situação de rua.² Objetivos: analisar características do perfil de saúde de mulheres em situação de rua, usuárias de um Consultório na Rua (CnaR) de Petrópolis, RJ  O estudo é descritivo, com abordagem quantitativa, através da análise de prontuários, realizado em maio de 2018. Os resultados permitiram conhecer as características do perfil e compreender aspectos relacionados aos cuidados em saúde adotados pelas participantes. Do perfil, destacam-se mulheres entre idade produtiva e idosas jovens, solteiras, com baixa escolaridade e sem renda. A procedência é de Petrópolis ou municípios próximos. Tempo de rua < de 1 ano > 30 anos. Quanto aos domínios afetados, foram identificadas alterações relacionadas à: promoção da saúde, que incluem déficit no acompanhamento em saúde, problemas de saúde e hábitos nocivos à saúde; a nutrição, que revelou menos refeições que o ideal para as necessidades corporais; a eliminação, com alterações urinárias; a atividade, com dificuldades para tomar banho e dormir; a percepção e cognição, com déficit para cognição; a autopercepção, com motivos que levaram a viver na rua, como a separação, perda de bens materiais e abuso de substâncias químicas; ao relacionamento de papel, que revelaram a separação dos filhos; a sexualidade, que evidenciou comportamento de risco e agravos em saúde; a segurança e proteção, com quedas e infecções; e ao conforto, que revelou a dor. O estudo revelou uma população com importante necessidade de cuidados na área da saúde, na perspectiva do conceito ampliado em saúde e como um direito social, que devem estar caminhando com os outros direitos básicos, que incluem moradia, alimentação, segurança, dentre outros. Para a enfermagem, é necessária uma atenção ao cuidado para esta população que comporta uma série de especificidades, e necessita de implementação e consolidação de políticas públicas de modo a conduzi-las à reinserção na sociedade.


Referências:
1. BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Gestão Estratégica e Participativa, Departamento de Apoio à Gestão Participativa. Saúde da população em situação de rua: um direito humano / Ministério da Saúde, Secretaria de Gestão Estratégica e Participativa, Departamento de Apoio à Gestão Participativa. – Brasília: Ministério da Saúde, 2014. 2. NASCIMENTO, K.C. et al. Sistematização da assistência de enfermagem: vislumbrando um cuidado interativo, complementar e multiprofissional. Rev. esc. enferm. USP, São Paulo, v. 42, n. 4, p. 643-648, Dec. 2008.