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71º CBEn • ISSN: 2319-0086
Resumo: 2563421


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O TESTE DO PEZINHO NA PERSPECTIVA DOS PAIS PROVENIENTES DA ESTRATÉGIA DE ACOMPANHAMENTO DO CRESCIMENTO E DESENVOLVIMENTO DE CRIANÇAS EM UNIDADES DE SAÚDE DA FAMÍLIA DA BAHIA

Autores:
Thiago Luis Cardoso Nascimento|thiagocard27@hotmail.com|enfermeiro|mestre|enfermeiro Obstetra|maternidade Climério de Oliveira da Universidade Federal da Bahia ; Ana Paula|paulagomessf@gmail.com|enfermeira|graduação|enfermeira|faculdade Maria Milza ; Sinaide Santos Cerqueira Coelho|sinaide.coelho@ufba.br|enfermeira|mestre|superintendente|maternidade Climério de Oliveira da Universidade Federal da Bahia

Resumo:
**Introdução: **A Organização Mundial de Saúde destaca a relevância de investimentos na formação de recursos humanos em saúde mental para oferta de cuidado qualificado, e sustenta que os profissionais desse campo de atuação são fundamentais para a efetiva atenção a saúde mental no âmbito da especialidade e da saúde em geral. Entretanto, alerta para a necessidade desses profissionais estarem preparados suficientemente para serem capazes de intervir na implantação e sustentação de políticas públicas.1 Seguindo a lógica do Sistema Único de Saúde e da Rede de Atenção Psicossocial (RAPS), o cuidado a pessoas com necessidades de saúde mental acontece em todos os níveis de atenção e em diferentes cenários. Em qualquer circunstância, o enfermeiro lida diariamente com questões relacionadas a esse campo de atuação, todavia, vem ofertando cuidado com pouco conhecimento que é fornecido durante sua formação generalista. 4-6 Considerando que os currículos são produtos socialmente construídos e recebem influência de um contexto histórico e modelo de conhecimento vigente, as atualizações e reformulações curriculares conduzidas pelas Intituições de Ensino Superior (IES) são necessárias para fornecer conteúdos teóricos e práticos alinhados com realidade política.11,12 Porém, para superar esse hiato, o ensino teórico/prático fornecido durante a formação acadêmica precisa ser repensado quanto à suficiência de carga horária, manutenção de disciplina específica e/ou de estágios, e aos conteúdos breves e muitas vezes apresentados de forma preconceituosa.13 Enquanto responsáveis pela definição das linhas de segmento dos conteúdos das disciplinas e de sua carga horária específica, as IES devem ter no aluno o centro de suas decisões e propor o processo ensino-aprendizagem bem como conteúdos, que de fato vão prepará-lo para o mercado de trabalho.14 Entendendo, portanto, que a oferta de cuidado em Saúde Mental/Psiquiatria não se restringe ao espaço da especialidade e que é necessário desenvolver competências para o enfermeiro generalista lidar com esse campo de conhecimento, ressalta-se a importância de ampliar a discussão sobre formação e atuação de enfermeiros na área da Saúde Mental/Psiquiatria. Assim, o artigo tem como **objetivo** verificar o ensino teórico/prático em Saúde Mental e Psiquiatria, recebido por enfermeiros durante a graduação. **Método: **pesquisa quantitativa, desenvolvida com 44 enfermeiros de uma Rede de Atenção Psicossocial do Município de São Paulo. **Resultados:** 72,7% dos enfermeiros se sentem despreparados para lidar com Saúde Mental pela primeira vez, 68,2% consideram que o conteúdo foi pouco explorado e 84,1% tem interesse em fazer cursos na área. Profissionais que se formaram há mais tempo e/ou em período integral referem conteúdo mais explorado e maior preparo. **Conclusão: **há necessidade que a formação academica, seja revista para que enfermeiros generalistas consigam atender as demandas de Saúde Mental nos diversos campos de atuação profissional de acordo com o paradigma da Reforma Psiquiátrica e dos pressupostos da reabilitação psicossocial.


Referências:
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