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71º CBEn • ISSN: 2319-0086
Resumo: 2482907


2482907

Políticas públicas no cuidado à saúde infantil: contribuições para redução da mortalidade

Autores:
Bruno Felipe Novaes de Souza|bruno-novaes@hotmail.com|enfermeiro|especialista Em Saúde Pública|mestrando No Programa de Pós-graduação Em Enfermagem do Centro de Ciências da Saúde da Universidade Federal de Pernambuco – Ufpe|universidade Federal de Pernamb ; Eliane Rolim de Holanda|elianerolim@yahoo.com.br|enfermeira|doutora Em Enfermagem|professora do Programa de Pós-graduação Em Enfermagem do Centro de Ciências da Saúde da Universidade Federal de Pernambuco – Ufpe|universidade Federal de Pernambuco – Ufpe ; Luciana Pedrosa Leal|lucianapleal@hotmail.com|enfermeira|doutora Em Nutrição|professora do Programa de Pós-graduação Em Enfermagem do Centro de Ciências da Saúde da Universidade Federal de Pernambuco – Ufpe|universidade Federal de Pernambuco – Ufpe

Resumo:
O presente trabalho refere-se à uma prática de ensino-aprendizagem em Educação em Saúde realizada com  pacientes transplantado renal com 6 e 13 anos, admitidos na enfermaria da Nefrologia do Hospital Pequeno Príncipe. Segundo os pressupostos teóricos de Paulo Freire,  entre profissionais da saúde e comunidade, o elemento chave para a mediação pedagógica na promoção da saúde é a relação dialógica. Nesse processo os profissionais da saúde podem trabalhar com conhecimentos científicos, relacionando-os à vivência cotidiana dos indivíduos, com o objetivo de  buscar a emancipação do sujeito.O encaminhamento metodológico partiu da observação da enfermeira residente, que, ao evidenciar que os pacientes desenvolveram diabetes mellitus, podendo esta ser descrita como, uma complicação metabólica comum em doentes submetidos a transplante previamente não diabéticos, passou a observar  a relação de ambos com os  cuidados diários:  verificação da glicemia capilar e administração de insulina. Assim, identificou a necessidade de aprendizagem do autocuidado, controle do nível de insulina, bem como fazer o exame dextro de forma independente e consequências em uma alimentação inadequada.  Sendo a pergunta problematizadora: Como a insulina atua no corpo humano? Como realizar o autocuidado em situação de diabetes? A ação aconteceu em 1 dia do mês de abril de 2018, com uma atividade que durou em torno de 1:30 min. A enfermeira residente e professora do serviço trabalharam com os dois pacientes no próprio quarto durante a rotina de cuidado medicamentoso dos mesmos. Com uma linguagem lúdica, imagens do pâncreas tamanho A4 e os carrinhos das crianças, as profissionais explicaram os conceitos necessários, comparando a imagem como uma pista de trânsito. Em seguida, as profissionais entregaram uma figura do corpo humano e outra do sistema digestório, os pacientes criaram suas representações com desenhos e palavras, a fim de registrar o conceito. Os resultados desta intervenção demonstram que a estratégia utilizada foi determinante para que, em especial, o menino de 6 anos, entendesse o conteúdo proposto. As educadoras observaram que a criança de 6 anos, em nível de desenvolvimento operatório concreto,  passou a compreender a  função da insulina no seu organismo, bem como a importância de uma alimentação adequada e o uso da insulina injetável no dia-a-dia.  O presente relato demonstra que ações de educação em saúde com crianças são possíveis, desde que no planejamento, o educador saiba  mediar a atividade com estratégias de acordo com o nível de desenvolvimento cognitivo da criança.


Referências:
FREIRE, Paulo;, Educação e Mudança. Editora Paz e Terra. 34º ed. São Paulo. SP. 2011. PIAGET, Jean. A Equilibração das Estruturas Cognitivas. Problema central do desenvolvimento. Trad. Álvaro Cabral. Rio de Janeiro: Zahar, 1976. REIS, T. C. et al. Educação em saúde: aspectos históricos no Brasil. p. 219–224, 2011. WITT, R. R.; ALMEIDA, M. C. P. DE. Competências dos profissionais de saúde no referencial das funções essenciais de saúde pública: contribuição para a construção de Projetos Pedagógicos na Enfermagem. Revista Brasileira de Enfermagem, v. 56, n. 4, p. 433–438, 2003.