2353881 | HUMANIZAÇÃO NO PROCESSO DE DESMAME VENTILATÓRIO | Autores: Aline Maffissoni|ali.maffissoni@hotmail.com|acadêmica de Enfermagem|acadêmica|acadêmica de Enfermagem|universidade do Estado de Santa Catarina - Udesc ; Patrícia Poltronieri|pathy_poltronieri@hotmail.com|acadêmica de Enfermagem|acadêmica|acadêmica de Enfermagem|universidade do Estado de Santa Catarina - Udesc ; Edlamar Kátia Adamy|edlamar.adamy@udesc.br|enfermeira|doutorada Em Enfermagem|docente de Enfermagem|universidade do Estado de Santa Catarina - Udesc ; Carla Argenta|carla.argenta@udesc.br|enfermeira|doutoranda Em Enfermagem|docente de Enfermagem|universidade do Estado de Santa Catarina - Udesc ; Adriana Gracietti Kuczmainski|adri_gtt@hotmail.com|enfermeira|mestre Em Enfermagem|professora Adjunta|universidade do Estado de Santa Catarina - Udesc ; Gloriana Frizon|gloria.ana.cco@gmail.com|enfermeira|mestre Em Enfermagem|enfermeira Coordenadora da Unidade de Terapia Intensiva|hospital Regional do Oeste (hro) |
Resumo: Entre as diversas iniciativas que buscam enfrentar a dependência química, além
das oriundas do campo das políticas públicas e dos esforços de muitos
pesquisadores, destacam-se algumas comunidades terapêuticas, que funcionam
como grupos de autoajuda, dos quais um dos mais procurados é o Narcóticos
Anônimos (NA). Objetivo: compreender a intersubjetividade de indivíduos
dependentes químicos, participantes do grupo de NA, com a superação do uso de
drogas. Método: estudo com abordagem exploratória, qualitativa, utilizando
história de vida e relato oral. Foram entrevistados 10 integrantes de NA da
cidade de Manaus, Amazonas, com tempo de participação maior que um ano.
Utilizou-se roteiro semiestruturado com falas audiogravadas. Resultados: os
participantes relatam que vivenciaram um processo difícil durante o uso ativo.
Diversos fatores contribuíram para o uso, como frustação, solidão e/ou vazio,
desequilíbrio emocional, rompimento do vínculo afetivo familiar e social,
dificuldade de aceitar a si próprio e lidar com outras pessoas. Ao adentrarem
no grupo de NA houve importantes mudanças comportamentais, emocionais,
espirituais e afetivas. Ressaltam que, pela vivência no grupo, os membros
tornam-se mais independentes, compreensivos e acolhedores a partir da troca de
suas experiências. Estudos destacam que a busca por ajuda é bastante complexa,
devido a vontade excessiva de voltar a usar, porém, passa quando os próprios
membros buscam ajuda de outros companheiros do grupo no qual estão inseridos;
a partilha minimiza a vontade. Relataram que a relação com a família e a
sociedade melhorou quando buscaram ajuda. Para alguns, a vida, depois do NA, é
um processo que avança e se modifica, numa expectativa de melhoria de vida, de
relações, de superação e empoderamento. Conclui-se que diante dos problemas
decorrentes do uso abusivo de drogas, os profissionais de saúde devem buscar
compreender a instersubjetividade dos sujeitos dependentes químicos e dar
apoio necessário, fortalecendo-os para enfrentar suas dificuldades juntamente
com seus familiares.
Referências: Magalhães LSP, Vernaglia TVC, Souza FAM, Chagas SV, Cruz MS. O Fenômeno das drogas na perspectiva dos estudantes de enfermagem: perfil do consumo, atitudes e crenças. Esc Anna Nery 2018; 22(1):e20170205
Farias LMS, Azevedo AK, Silva NMN et al. O enfermeiro e a assistência a usuários de drogas em serviços de atenção básica. Rev enferm UFPE on line., Recife, 2017; 11(Supl. 7):2871-80 |