2180074 | CUIDADOS DE ENFERMAGEM A PACIENTE COM COMPORTAMENTO SUICIDA EM UM HOSPITAL GERAL | Autores: Marcio Roberto Paes|marropa@ufpr.br|enfermeiro|doutorado Em Enfermagem|professor Adjunto do Departamento de Enfermagem|universidade Federal do Paraná ; Edineia Miranda Machado|edineia.mmachado@gmail.com|enfermeiro|graduada|residente - Residência Multiprofissional|hospital de Clínicas/ufpr ; Karoliny Cavalheiro da Silva|karoliny.cavalheiro@yahoo.com.br|enfermeiro|graduada|residente - Residência Multiprofissional|hospital de Clínicas/ufpr ; Isabela Cristina da Luz Kowalski|belacristina91@gmail.com|enfermeiro|graduada|residente - Residência Multiprofissional|hospital Erasto Gaertner ; Miriam Aparecida Nimtz|miriamnimtz@uol.com.br|enfermeiro|doutorado Em Enfermagem|professor Adjunto do Departamento de Enfermagem|universidade Federal do Paraná |
Resumo: A terapêutica medicamentosa em saúde mental auxilia na reabilitação da pessoa
com transtornos mentais ao minimizar a sintomatologia e favorecer a qualidade
de vida, no entanto, os efeitos dos medicamentos não se limitam as ações
farmacológicas, haja vista que interferem nas emoções, comportamentos e ações
cotidianas do indivíduo¹. Este estudo objetivou compreender como a pessoa com
transtornos mentais vivencia a terapêutica medicamentosa. Pesquisa qualitativa
e exploratória realizada com 26 pessoas com transtornos mentais em um CAPS AD
III de Curitiba. Os dados foram coletados entre março e maio de 2015 por
entrevista semiestruturada e submetidos a análise categorial temática e
interpretados à luz do pensamento complexo de Edgar Morin. Aprovação no Comitê
de Ética da UFPR, CAAE: 20816713900000102. Os resultados apontam que a
vivência da terapêutica medicamentosa se representa como dinâmica e complexa,
demonstrando uma faceta multidimensional da realidade. Essa vivência é
permeada, frequentemente, pela ambivalência quanto ao uso de medicamentos
pelos efeitos benéficos e maléficos que fomentam em suas vidas; pelo uso
irregular desses medicamentos pela permanência da sintomatologia ou para
minimizar os efeitos colaterais; pelas potencialidades e fragilidades
percebidas na realização da terapêutica medicamentosa; e pelas estratégias
realizadas para manutenção dessa terapêutica. Conclui-se que a complexidade da
vivência da terapêutica medicamentosa perpassa as diferentes dimensões
evidenciadas, as quais permanecem em constante modificação e se influem entre
si. Os resultados ensejam auxiliar na implementação de um cuidado de
enfermagem voltado a melhoria da qualidade de vida e a adesão ao tratamento.
Referências: Vedana KGG. Convivendo com uma ajuda que atrapalha: o significado da terapêutica medicamentosa para a pessoa com esquizofrenia [tese]. Ribeirão Preto (SP): Universidade de São Paulo, Pós-Graduação em Enfermagem Psiquiátrica; 2011. |