1811238 | Influência da idade no abandono do tratamento da tuberculose, segundo sexo | Autores: George Jo Bezerra Sousa|george_gg_@hotmail.com|enfermeiro|graduação|mestrando Em Cuidados Clínicos Em Enfermagem E Saúde|universidade Estadual do Ceará |
Resumo: Introdução: No contexto histórico da enfermagem, um dos pontos ainda pouco
estudados, se refere à participação da mulher enfermeira no campo militar, a
qual é incipiente, tendo em vista que o meio se configura como um lugar
predominantemente masculino, inclusive, por conta do número de vagas ofertadas
para o sexo feminino. Objetivo: Investigar como ocorrem as relações
interpessoais da mulher enquanto enfermeira no contexto militar. Metodologia:
trata-se de um recorte de uma cartografia realizada na disciplina de
Antropologia da Saúde II do curso de graduação em Enfermagem da Universidade
do Estado de Santa Catarina (UDESC). Resultados: os marcos dos conflitos
interpessoais da enfermeira no militarismo brasileiro acentuaram-se durante a
segunda Guerra Mundial. Inseridas voluntariamente, sofreram humilhações e
preconceitos da sociedade, antes mesmo de adentrarem nos campos de batalha
para cuidar dos feridos1. Em 1980, deu-se início a carreira de enfermeira
militar iniciada pela Marinha Brasileira, onde evidenciaram-se os conflitos
com indivíduos do sexo oposto, em sua maioria, superiores, — tendo em vista
que, até hoje, há acentuada dificuldade de mulheres ascenderem nesse âmbito —,
causados por um histórico de opressão, marcado pelo patriarcado, através do
preconceito, machismo e desigualdade de gênero. Além disso, outros conflitos
surgiram devido a disputa de espaço e poder entre as enfermeiras militares e
as enfermeiras civis2. Conclusão: a recente inserção da enfermeira, foi
marcada por relações de poder e hierarquia, intrínsecos a este meio, mas que
raramente incluem mulheres, demandando certa resistência, para garantir seu
espaço e respeito. Contribuições para a Enfermagem: entendimento e
fortalecimento da atuação da enfermeira no militarismo, propiciando uma maior
força de ação e uma tentativa de abertura e transformação dos valores tão
incrustados nessa pratica, além do incentivo a abertura para novos arranjos
sociais em prol da saúde, tanto da população quanto do grupo que se refere
este estudo.
Referências: 1. Bernardes MMR, Lopes GT, Santos TCF. A visibilidade da atuação de uma enfermeira do Exército Brasileiro a um ferido na 2ª Guerra Mundial. Rev Esc Enferm USP, 2005; 39(1):62-7.
2. Sell CT. A Enfermeira na Marinha do Brasil: a historiografia do Corpo Auxiliar Feminino da Reserva da Marinha (1980 a 1997). 2012. Florianópolis. Dissertação (Mestrado em Enfermagem) - Universidade do Federal de Santa Catarina; 2012. |