1180258 | COMPREENSÃO E ATITUDES DOS ESTUDANTES E PROFISSIONAIS DE ENFERMAGEM DIANTE DE PROBLEMAS ÉTICOS | Autores: Franciny da Silva|franciny_s@hotmail.com|graduanda de Enfermagem|bolsista de Extensão|membro do Laboratório de Pesquisas E Tecnologias Em Enfermagem, Cuidado Em Saúde A Pessoas Idosas (gespi/ufsc)|universidade Federal de Santa Catarina ; Dulcinéia Ghizoni Schneider|dulcineiags@gmail.com|doutora Em Enfermagem|docente do Curso de Graduação E Pós-graduação Em Enfermagem|participante do Laboratório de Pesquisa Sobre Trabalho, Ética, Saúde E Enfermagem (praxis/ufsc)|universidade Federal de San |
Resumo: **Introdução**: Pessoas transgêneros (trans), são aquelas que identificam seu gênero diferente do gênero de biológico do nascimento. Não significa estar no “corpo errado”, mas a construção de uma identidade de gênero a partir de vários aspectos sociais e psicológicos. Algumas pessoas trans percebem sua identidade sexual desde a infância. As famílias de pessoas trans podem ser afetadas, sofrerem mudanças estruturais e dinâmicas durante o processo de transexualização, devendo ser igualmente assistidas por profissionais de saúde, especialmente enfermeiros, visto ser um processo longo, que alude em redesignações físicas e sociais, além de implicar em novas demandas de cuidado. **Objetivos**: conhecer as vivencias familiares durante o processo transexualizador e identificar as demandas das famílias à luz da teoria do cuidado transcultural de Madeleine Leininger. **Método**: Estudo descritivo de abordagem qualitativa, desenvolvido em um Núcleo de Estudos, Pesquisa, Extensão e Assistência à Pessoa Trans da Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP), que oferece atendimento multidisciplinar a pessoas em processo transexualizador. Foram entrevistadas dez famílias, totalizando 32 sujeitos entre janeiro e julho de 2018. Utilizou-se a Teoria do Cuidado Transcultural como referencial teórico. **Resultados**: o estudo está em fase de análise, mas a prévia mostra que as famílias apresentam muitas dificuldades no enfrentamento do processo transexualizador, não conseguem lidar com as mudanças físicas de seus entes, organizam-se de forma excludente, sofrem preconceitos e não conseguem encontrar formas de cuidar do ente e dos demais membros do sistema familiar. **Conclusões**: As famílias passam por mudanças significativas em suas estruturas e organizações devido o processo transexualizador de um ente. **Contribuições à enfermagem:** Apontam que os cuidados devem ser planejados individualmente, levando em consideração as particularidades de cada caso, mas pautado no respeito e em contínuas orientações para transmissão de segurança e minimização do preconceito.
Referências: 1. Lima F, Cruz KT. Os processos de hormonização e produção cuidado em saúde na transexualidade masculina. Sex., Salud Soc. 2016; (23):162-86.
2 Popadiuk GS, Oliveira DC, Signorelli MC. A política nacional de saúde integral de lésbicas, gays, bissexuais e transgêneros (LGBT) e ao acesso ao Processo Transexualizador no sistema único de saúde (SUS): avanços e desafios. Ciênc. saúde coletiva. 2017; 22(5):1509-20.
3. Carvalho AO, Rocha SS, Rocha KNS. A atuação de enfermagem no adolescer saudável sob a ótica da teoria trancultural de Leininger. Cienc Cuid Saude. 2015; 14(4): 1546-54.
4. Jiménez-Ruiz I, Martinéz PA. Female genital multilation and transcultural nursing: adaptation of the Rising Sun Model. Contemporary Nurse. 2017; 53(2): 196-02.
5. Lima JLO, Manini MP. Metodologia para análise de conteúdo qualitativa integrada à técnica de mapas mentais com o uso dos softwares Nvivo e FreeMind. Inf. Inf. 2016; 21(3): 63-00. |