O centro cirúrgico é um setor de alta complexidade que vem sofrendo avanços tecnológicos significativos. Parte destas fronteiras tecnológicas, os procedimentos robóticos visam uma melhora na assistência prestada ao paciente, mas demanda maior capacitação, habilidade e envolvimento por parte do enfermeiro atuante em sala operatória. O número de procedimentos realizados a cada ano com assistência robótica está crescendo, assim como as especialidades cirúrgicas utilizando estes sistemas e, medidas como planejamento e implementação de intervenções de enfermagem que minimizam ou possibilitam a prevenção de complicações decorrentes do procedimento anestésico-cirúrgico, visando a segurança, conforto e a individualidade do paciente são essenciais (1) 2,3. Diante deste novo cenário e grande desafio, um hospital privado de extra porte no município de São Paulo investiu no treinamento de um time de enfermagem dedicado para assistência em cirurgias robóticas. A justificativa está pautada na prestação de um cuidado efetivo, destacando a implantação e acompanhamento de protocolos específicos de posicionamento atrelados a procedimentos cirúrgicos específicos que tenham riscos de o paciente sofrer lesões por pressão (LPP), uma vez que dentro do centro cirúrgico o indivíduo é submetido a limitações ambientais que favorecem o surgimento de lesões de pele.

. Objetivo: Avaliar o número de lesão por pressão relacionada ao posicionamento cirúrgico do paciente submetido a procedimento robótico após implantação de medidas preventivas.

Trata-se de um estudo retrospectivo, tipo relato de experiência, por meio da análise de prontuário e vivência diária em campo, realizado em um hospital de grande porte em São Paulo. Um levantamento das necessidades foi realizado e medidas de adequação foram tomadas para cada tipo de cirurgia e um protocolo de posicionamento cirúrgico foi pré-estabelecido para a montagem da sala, previsão e provisão de materiais necessários e treinamento da equipe envolvida. Após a implantação, foram analisados um total de 500 casos de cirurgia robótica em diversas especialidades.

No período da coleta foram analisados 500 procedimentos robóticas e nenhuma lesão por pressão evidenciada, apenas uma lesão por dispositivo médico ( lesão labial por fixação do tubo oro traqueal e uma lesão de plexo braquial).

Conclusões: Concluímos que é evidente a importância da atuação do enfermeiro no posicionamento cirúrgico, na avaliação das necessidades de cada paciente e na prevenção LPP. Toda equipe envolvida na implantação deste serviço conseguiu reconhecer a importância do seguimento de rotinas que os auxiliem na implementação de medidas efetivas com o intuito de alcançar uma assistência de qualidade, foco principal da nossa ação de cuidar.