INTRODUÇÃO
A segurança do paciente vem sendo um tema em destaque no cenário da saúde, visto que muitos eventos adversos (EA) de caráter evitáveis ocorrem na sua maioria dentro do ambiente hospitalar, tornando-se necessária, portanto, adoção de medidas com o intuito de evitá-los. O centro cirúrgico (CC) por ser um ambiente crítico e de alto custo para o hospital, devido aos avanços tecnológicos e demanda de pessoal especializado, está muito vulnerável a complicações que podem levar a morte ou danos no paciente (permanentes ou temporários), tendo origem multifatorial por resultarem de diversos parâmetros como interação multiprofissional, magnitude dos procedimentos e atividade sobre pressão3. Mesmo sabendo que o CC é uma área hospitalar com alta incidência de EA e que a aplicação do checklist de cirurgia segura fomenta não somente a segurança do paciente mas de toda equipe, ainda há resistência na sua implantação e aplicação, demonstrando que o enfermeiro, como líder tenha que se atentar para mudanças de hábitos e atitudes assertivas necessárias para proporcionar tal segurança a essa clientela. Nesse contexto, o uso do checklist de cirurgia segura em sala operatória para a realização de qualquer procedimento cirúrgico, trata-se de uma efetiva estratégia para consolidar a segurança, além de auxiliar efetivamente na promoção do trabalho da equipe que participa do processo cirúrgico.
OBJETIVOS
Elencar por meio de Revisão da literatura as dificuldades, resistências e barreiras encontradas pelo enfermeiro cirúrgico na implantação do protocolo de cirurgia segura.
MÉTODO
Trata-se de uma revisão integrativa referente aos últimos CINCO anos nas bases de dados/bibliotecas: Medical Literature Analysis and Retrieval System Online (MEDLINE via Pubmed), The Cumulative Index to Nursing and Allied Health Literature (CINAHL) e na Literatura Latino-Americana em Ciências da Saúde (LILACS), com os descritores: Segurança do Paciente, Enfermagem de Centro Cirúrgico e Cirurgia, utilizando o operador boleano “and”.
RESULTADOS
Percebe-se que os 7 (100%) artigos analisados apontaram diversas barreiras na implantação e aplicação do checklist como: 5 (71,4%) dificuldade na comunicação; 4 (57,1%) Resistência da equipe médica; 3 (42,8%) Falta de conhecimento e/ou treinamento; 3 (42,8%) Falta de recursos humano e material (salas cheias, falta de profissionais e instrumentos); 2 (28,5%) Falta de apoio das chefias (institucional, médica ou de enfermagem); 2 (28,5%) Falta de feedback sobre resultados e; 2 (28,5%) Falta de trabalho em equipe.
CONCLUSÃO
Observa-se que mesmo com a indicação da Organização Mundial da Saúde para aplicação do checklist, ainda há barreiras à sua aplicação, tornando necessária a tomada de atitudes para mudança da cultura de segurança, como melhorar a comunicação entre a equipe, levando a sua melhor interação, tornando hábil o tempo de realização do checklist. Para tanto é necessário que o enfermeiro fomente oficinas de treinamentos para todos os profissionais envolvidos no processo cirúrgico investindo na educação continuada da equipe.