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14 Congresso Brasileiro de Enfermagem - 2019 - ISSN N 2317-996X
Resumo: 316-1

Poster (Painel)


316-1

Gestão dos serviços de enfermagem no bloco cirúrgico ambulatorial: relato de experiência

Autores:
Diego da Silva Moreira1, Gisele Massante Peixoto Tracera1
1 PPC - Policlínica Piquet Carneiro

Resumo:
INTRODUÇÃO

A Central de Material Esterilizado (CME) e Centro Cirúrgico ambulatoriais possuem rotina diferenciada quando comparados aos serviços hospitalares, uma vez que há interrupção do fluxo entre os plantões da equipe de enfermagem. Este estudo resulta das atividades realizadas pelos autores, como enfermeiros da CME de uma Unidade Ambulatorial de uma Universidade Pública no Município do Rio de Janeiro, com o propósito de atender às legislações1 vigentes, reduzir riscos2 e minimizar custos. Atualmente a CME atende internamente à quatorze unidades, sendo treze de serviços ambulatoriais especializados, e uma Unidade de Cirurgia Ambulatorial (UCAMB). Por tratar-se de um serviço ambulatorial, sem suporte hospitalar, torna-se relevante este estudo pela sua representatividade em meio à complexidade dos serviços especializados, os quais requerem mão de obra qualificada, materiais específicos, protocolos determinantes para garantir a qualidade dos serviços prestados e acima de tudo a segurança do paciente cirúrgico3.



OBJETIVOS

Descrever o gerenciamento dos serviços de enfermagem em CME e Unidade de Cirurgia Ambulatorial visando a adequação do fluxo de materiais.



MÉTODO

Relato de experiência cujo foco foi a descrição das formas de gestão dos fluxos de entrada e saída de materiais na CME, utilizados na Unidade de Cirurgia Ambulatorial .



RESULTADOS

Os materiais utilizados na UCAMB, que retornam à CME, passam por um duplo controle (visual e documental) para conferência. O controle visual é feito através de tiras autoadesivas, fixadas nos instrumentos que compõem as caixas, com cores pré-estabelecidas por especialidade. O controle documental se dá através de formulário padronizado contendo todo o instrumental que compõe a caixa, listado por nome do instrumento e quantidade de cada peça. Este formulário é preenchido pelo técnico de enfermagem com: data do preparo; validade; nome do profissional que fez a primeira conferência após a limpeza do instrumental; e nome do profissional que realizou a segunda conferência, preparou e embalou o material para esterilizar. Este é afixado no papel grau cirúrgico, com fita indicadora para autoclave - mais uma forma de controle da esterilização - sobre a caixa de instrumental para checagem pelo profissional que for utilizar a caixa na UCAMB e preenchimento pelo mesmo para conferência na CME no momento do retorno, pós-cirurgia. Os itens de preenchimento na UCAMB são: cirurgia realizada, sala operatória, data da cirurgia, paciente, cirurgião, circulante, instrumentador e contagem inicial e final das peças. Ao retornar à CME, o técnico de enfermagem confere as caixas separadamente, na presença do profissional que o transportou, pelo rótulo preenchido na UCAMB, fitas de identificação, quantidade de peças e estado de conservação. Uma vez identificado algum problema durante a conferência, o enfermeiro da CME é acionado para tomar as providências cabíveis, como entrar em contato com o enfermeiro da UCAMB em caso de falta de peças, registrar em livro de ocorrência a existência de peças danificadas para reposição, entre outros.



CONCLUSÃO

A percepção da importância de treinamentos e cursos de atualização da equipe de enfermagem, construção e implementação de Protocolos Operacionais Padrão (POP) para a execução das atividades diárias e o duplo controle (visual e documental) dos materiais que passam pela CME, pode se o diferencial que garante a qualidade do serviço de esterilização ambulatorial e as práticas avançadas para integralidade da segurança do paciente cirúrgico.



Palavras-chave:
 Esterilização, Enfermagem, Ambulatório