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14 Congresso Brasileiro de Enfermagem - 2019 - ISSN N 2317-996X
Resumo: 312-1

Poster (Painel)


312-1

Análise crítica ao acionamento do time de resposta rápida em bloco operatório

Autores:
Evelyn de Freitas Scarpioni1, André Santos Amorim1, Renata Cristovão Peixoto1, Patrícia Aparecida Scarameli1, Daniela Magalhães Bispo1
1 HSL - Hospital Sírio Libanês

Resumo:
INTRODUÇÃO

Garantir a segurança do paciente é uma meta estabelecida pelas instituições hospitalares durante o percurso do atendimento à saúde, através do investimento na qualidade de suas estruturas e em processos bem definidos. O time de resposta rápida (TRR) no bloco operatório é composto por anestesiologista, enfermeiro e equipe de apoio. Acionado através de um bip sonoro, tem como objetivo atuação direcionada em critérios estabelecidos de deterioração clínica (transfusão não esperada, sangramento grave, dificuldade de intubação, taqui/bradicardia, hipotensão arterial, queda de saturação de oxigênio <90% por mais de 5 minutos ou por solicitação de qualquer membro da equipe em sala), abrangendo pacientes em todas as faixas etárias initerruptamente. Criado em 2014 em uma instituição filantrópica de São Paulo, o TRR era um recurso pouco utilizado no cotidiano do setor, devido falta de autonomia por parte da enfermagem, pois subentendia-se que haveria necessidade do consenso prévio a equipe médica sobre o acionamento, mesmo com a presença dos critérios pré-estabelecidos. Após 5 eventos com desfechos graves, sem acionamento do time de resposta rápida no intraoperatório, a instituição mobilizou a equipe de enfermagem através de uma campanha interna, em março de 2018, incentivando o empoderamento ao acionamento.



OBJETIVOS

Avaliar a efetividade da promoção da autonomia da equipe de enfermagem após campanha de incentivo de acionamento do TRR em bloco operatório e analisar as causas de maior acionamento no período pós campanha.



MÉTODO

Estudo crítico retrospectivo realizado através da coleta de informação dos impressos de atendimento da equipe TRR, aplicado no período de março de 2014 a outubro de 2017, sendo este período pré-campanha, comparado de abril à dezembro de 2018, período de análise pós-campanha.



RESULTADOS

Em comparação aos dados anteriores à campanha, houveram 144 casos acionados em 44 meses, ou seja, 3,27 casos/mês. Após campanha institucional de incentivo ao acionamento, em 8 meses houveram 96 casos, 12 casos/mês. Sendo assim, houve aumento de 8,73 casos/mês. Em relação aos índices de critérios de acionamentos levantados pós-campanha, em 96 notificações ocorreram: queda de saturação de oxigênio (SPO²) abaixo de 90%, no valor de 35 casos (36,4%); sangramento grave (>500 ml no adulto ou 7ml/kg para criança), somam 19 casos (19,7%); dificuldade de intubação orotraqueal (IOT): no valor de 13 casos (13,5%); demais critérios somam 29 casos (30,2%).



CONCLUSÃO

Este estudo mostrou comprometimento das lideranças institucionais no empoderamento aos profissionais de saúde envolvidos na assistência perioperatória, visto que, houve um aumento significativo de notificações após campanha de incentivo ao TRR. Para continuar usufruindo destes resultados, faz necessário treinamentos periódicos às equipes envolvidas (enfermagem e médica). Essas ações contribuem para integração e conscientização da importância da tomada de decisão rápida ao acionamento, para reversão do quadro de deterioração clínica, com eficiência e resolutividade, prevenindo eventos graves ou catastróficos, em busca de excelência assistencial.



Palavras-chave:
 bloco operatório, deterioração clínica, evento adverso, segurança paciente, time resposta rápida