INTRODUÇÃO
1 O cancelamento cirúrgico constitui se em um indicar importante na qualidade do processo, sendo um indicador de falha de planejamento administrativo na unidade do centro cirúrgico, central de agendamento cirúrgico, e Unidade de terapia Intensiva, e podemos considerar evitável. 2 No momento em que se discute a reorganização dos serviços de saúde em centro cirúrgico ou num todo; o Ministério da Saúde define qualidade dos serviços de saúde como sendo o alto nível de excelência profissional, o uso eficiente de recursos, mínimo risco para o cliente, alto grau de satisfação do cliente e impacto final na saúde. 3 Portanto trata-se de um evento que pode ser avaliado, mediante a repercussões causadas nos familiares, podemos afirmar que o usuário perde o vínculo de confiança com a instituição, causando transtorno psíquico, decepção não realizar seu procedimento, além de repercussões psicológicas pelo atraso no tratamento, tanto paciente quanto familiares reclamam de perdas financeiras relativas ao cancelamento cirúrgico.
OBJETIVOS
Descrever a redução de cancelamento de cirurgias eletivas pela falta de leito de UTI em um centro cirúrgico de um Hospital Municipal de São Paulo. Por este motivo, ampliarmos o olhar para compreender as perspectivas de todos os envolvidos nesse processo a fim de aliviar o sofrimento que o cancelamento cirúrgico causa ao paciente e familiar.
MÉTODO
Estudo quantitativo retrospectivo, baseando-se na experiência em um Hospital Municipal de São Paulo, de janeiro de 2017 a dezembro de 2018, com reserva programada de no mínimo de 60 dias de antecedência, através de comunicação ativa e monitorada por planilha entre os três setores relacionados central de agendamento cirúrgico, centro cirúrgico, e unidade de terapia intensiva.
RESULTADOS
Foi observado que em 2017 tivemos uma taxa de suspensão cirúrgica por falta de vaga de leito de UTI de 11%, com a intervenção executada em 2018 tivemos aproximadamente apenas 5% de suspensões cirúrgicas. Essas tendências decrescentes de cancelamentos de cirurgias com indicação de vagas de Uti, indiciaram que a comunicação efetiva entre os gestores da unidade e controle em uma planilha de Excel na central de agendamento cirúrgico.
CONCLUSÃO
Com a intervenção realizada entre os setores envolvidos, observou-se uma queda significativa em mais de 54% do total de suspensões por falta de leito de UTI para pós-operatório imediato, prevenindo o desgaste físico e mental do paciente e uma intervenção mais rápida na indicação de sua cirurgia.