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14 Congresso Brasileiro de Enfermagem - 2019 - ISSN N 2317-996X
Resumo: 303-1

Poster (Painel)


303-1

Eficácia na redução do reprocessamento de materiais com integridade da embalagem prejudicada

Autores:
BRUNO FONSECA MARTINS DA COSTA ANDRADE1, PATRICIA DA SILVA SASAKE1, DANIEL FERRAZ VIUDE1, VILMA NERI SHINSATO1, RENATA DE SOUZA SCALDELAI1
1 HUA - HOSPITAL UNIMED ARAÇATUBA

Resumo:
INTRODUÇÃO

Segundo a RDC nº 15 de 15 de março de 2012¹, é responsabilidade da central de material e esterilização (CME) o controle dos eventos que possam comprometer a integridade de embalagens; eventos sobre o manuseio/estocagem e a segurança da selagem dos materiais armazenados. O peso e volume de caixas cirúrgicas de certas especialidades dificulta seu manuseio, principalmente devido a predominância do sexo feminino entre os profissionais de enfermagem², no qual a ocorrência de fricção com a superfície onde o material se encontra armazenado é inevitável. Frente a esta realidade o reprocessamento de instrumentais cirúrgicos sem uso, devido a quebra da barreira estéril se torna constante, resultando em redução da vida útil, elevação dos custos e desperdício de recursos.



OBJETIVOS

Reduzir o número de reprocessamento de materiais esterilizados sem uso.



MÉTODO

Elegido para objeto do estudo as caixas de instrumental cirúrgico com maior frequência de reprocessamento por ausência de integridade da embalagem, incluindo materiais consignados. Ao longo do ano de 2018 foi avaliado três tipos de embalagem secundária, sendo SMS duplo, plástico filme envolto em três camadas e o campo de algodão duplo, utilizados de forma aleatória para garantir avaliação do produto nos materiais de alta ou baixa rotatividade. Em todas as caixas foi utilizado embalagem primária de SMS duplo. O armazenamento das caixas cirúrgicas foi em prateleiras de inox perfurado e o transporte realizado em carro de inox fechado com prateleira lisa. Produtos reprocessados por vencimento não foram contabilizados.



RESULTADOS

No período foram processados 587 caixas com o critério de inclusão, e todas receberam um dos três tipos de embalagem secundária. A principal ocorrência de rompimento da integridade da embalagem foi nas saliências inferiores da caixa (pés), sendo observado durante inspeção semanal do arsenal; dispensação do material ou no recebimento de devolução dos materiais provindo do centro cirúrgico. O plástico filme obteve a maior frequência de reprocessamento (89,27%), demonstrando o método mais frágil para fricção, havendo a ruptura do plástico facilmente e o desgaste da embalagem primária. O SMS duplo obteve 37,41% de reprocessamento, principalmente em caixas com tempo de armazenamento elevado, sugerindo a movimentação frequente da mesma. O campo duplo de tecido de algodão foi o mais eficaz na prevenção da embalagem primária, não havendo registro de reprocessamento de materiais por quebra da barreira estéril no período. Os campos de tecidos foram inspecionados no momento do uso e após o recebimento da lavanderia, havendo controle de 60 ciclos de lavagem.



CONCLUSÃO

O campo duplo de tecido de algodão se demonstrou eficaz na redução do reprocessamento de materiais sem uso. Para a instituição do estudo se demonstrou uma redução expressiva de custo com insumos, pois dispõe de costureira e lavanderia própria. Os campos destinados a embalagem secundária foram confeccionados em cor diferenciada para permitir uso exclusivo a esta finalidade. Não houve impacto no tempo de vencimento pois se considerou o tempo de validade da barreira estéril da embalagem primária.



Palavras-chave:
 Esterilização, Infecção, Cirurgia