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14 Congresso Brasileiro de Enfermagem - 2019 - ISSN N 2317-996X
Resumo: 299-1

Poster (Painel)


299-1

Antibiótico profilático cirúrgico: uma experiência de sucesso

Autores:
Geraldina Lemos de Oliveira1, Juciara Martins Ribeiro1, Olgair Almeida de Jesus1, paula brienza rocha1, Marcelo Francisco Vieira Ramos1
1 HMCG - Hospital e Maternidade Cristovão da Gama

Resumo:
INTRODUÇÃO

O aumento das cirurgias é consequência da alta incidência de agravos traumáticos, envelhecimento populacional e aumento de prevalências crônicas. Por este fato existe a preocupação dos gestores de Serviços de Saúde a respeito de complicações oriundas desses procedimentos, como as infecções relacionadas à assistência à saúde (IRAS). Estudos relatam que a infecção cirúrgica de sítio cirúrgico (ISC) é um dos tipos de IRAS mais frequentes nos Estados Unidos da América (EUA) e 11% no Brasil, conforme estudo conduzido pelo Ministério da Saúde (MS).



OBJETIVOS

Descrever a aplicação de dois Indicadores da Qualidade desenvolvidos pela preocupação relacionado à Infecção Relacionada à Assistência à saúde (IRAS) no Centro Cirúrgico de um hospital particular de grande porte no Estado de São.



MÉTODO

Devido à pouca adesão ao tempo da administração dos antibióticos profiláticos pré cirúrgicos foi feita uma reunião envolvendo a Alta Direção, Coordenação médica e de Enfermagem do Serviço de Controle de Infecção Hospitalar (SCIH), Coordenação do Centro Cirúrgico e Coordenação dos Anestesistas, a fim de desenvolver planos de ações de Desvio do Tempo de Antibioticoprofilaxia que inclui um impresso contendo informações de tempo e escolha de antibiótico e dose de replique na tampa da caixa dos medicamentos a serem administrados ao paciente, conforme Protocolo Operacional Padrão (POP), para que todos os anestesistas tenham fácil acesso na prática da assistência segura; e o outro indicador é Taxa de Adesão de Antibiótico a fim de monitorar 100% de procedimentos cirúrgicos que necessitem de antibiótico dados a pacientes.



RESULTADOS

O indicador relacionado a Desvio de Tempo da Antibioticoprofilaxia foi iniciado em Fevereiro de 2019. Em Janeiro o desvio foi de 60%, obtendo uma queda significativa do número de pacientes fora do tempo do antibiótico, como em Março que obteve 18,18%, fato ocasionado devido ao fácil acesso dos anestesistas e cirurgiões ao protocolo visível na tampa da caixa de medicamentos. Em relação à taxa de adequação de antibiótico a análise até o mês de Abril de 2019 era feita com amostragem aleatória de 10% das cirurgias que receberam antibiótico adequado. Após consenso de gestão foi iniciada a análise de 100% das cirurgias com informações adquiridas nas fichas anestésicas monitorando os resultados em sua totalidade. De Janeiro a Março de 2019 a média da taxa de adequação de antibiótico foi de 97,7%.



CONCLUSÃO

Aplicar estes novos indicadores da Qualidade requer dos anestesistas uma segurança nos processos anestésicos cirúrgicos e redução do índice de infecção hospitalar aos pacientes que forem utilizar antibióticos pré cirúrgicos. É necessário conseguir envolver toda a equipe anestésica na rotina, para que todos respeitem o protocolo e tenham a consciência de que, para sua realização, é necessário fazer a profilaxia e assim sendo elaborada da melhor maneira e que seu uso e visualização sejam fáceis e eficientes.



Palavras-chave:
 Antibioticoprofilaxia, Indicadores de Qualidade em Assistência , Infecção Hospitalar