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14 Congresso Brasileiro de Enfermagem - 2019 - ISSN N 2317-996X
Resumo: 293-1

Poster (Painel)


293-1

Avaliação clínica pelo protocolo de segurança para o manejo da sede

Autores:
Carla Regina Lodi de Mello1, Abigail Dias Rodrigues1, Marília Ferrari Conchon1, Isadora Pierotti1, Leonel Alves do Nascimento1, Lígia Fahl Fonseca1
1 UEL - Universidade Estadual de Londrina

Resumo:
INTRODUÇÃO

Introdução: A sede é um sintoma de alta prevalência no paciente cirúrgico, no entanto ainda é subavaliada, subtratada e subdiagnosticada. O Protocolo de Segurança no Manejo da Sede foi elaborado e validado para avaliar a segurança na administração de um método de alívio da sede perioperatória de adultos. Avalia de forma sistemática o nível de consciência, reflexos de proteção de vias aéreas (tosse e deglutição) e a ausência de náuseas e vômitos(1). É ferramenta essencial que fornece subsídios para que a equipe cirúrgica decida pela administração ou não do método de alívio.



OBJETIVOS

Avaliar a taxa, motivos e momento de aprovação no Protocolo de Segurança para o Manejo da Sede no Pós-operatório Imediato na primeira hora de recuperação anestésica.



MÉTODO

Estudo descritivo, transversal, quantitativo, realizado na sala de recuperação anestésica de um hospital filantrópico de ensino no Sul do Brasil. A coleta de dados ocorreu entre março/abril de 2018. O Protocolo de Segurança para o Manejo da Sede foi aplicado a cada 15 minutos na primeira hora de recuperação anestésica e avaliado a sua aprovação ou reprovação.



RESULTADOS

Participaram da pesquisa 98 pacientes. Predominou-se: sexo feminino (n=54; 55,1%), ASA 2 (n=51, 52%), técnica anestésica de Bloqueios (n=43; 43,9%), e a clínica cirúrgica ortopédica (n=38; 38,8%). A idade média foi de 41 anos (DP=12,3). O tempo de jejum apresentou mediana de 11:37 horas (1Q 8:56-3Q 13:45). O percentual de aprovações na avaliação do Protocolo de Segurança para o Manejo da Sede aumentou gradativamente conforme o período de aplicação (35,8%, 49,4%, 60,5%, 71,6%, 71,6%). O critério de nível de consciência apresentou maior reprovação em todos os momentos de aplicação do Protocolo de Segurança para o Manejo da Sede. Na chegada a Sala de Recuperação Anestésica, 55,5% (n=45) dos pacientes foram reprovados no nível de consciência. Estudo semelhante a este apontou o critério de nível de consciência com maior índice de reprovações, com 45,9% (n=50) dos pacientes reprovados no primeiro momento de chegada à Sala de Recuperação anestésica, sendo este o critério que continuou com maior incidência de reprovação nos momentos subsequentes(2). O alto índice de reprovações nesse momento se justifica pelo fato de que os pacientes ainda estão sonolentos ou até mesmo inconscientes, devido a ação de medicações que deprimem o sistema nervoso central. Durante a recuperação anestésica, o efeito dos medicamentos diminui e a aprovação neste critério aumenta.



CONCLUSÃO

Observou-se que após 30 minutos de recuperação anestésica, 60,5% dos pacientes apresentavam condições seguras para receber uma estratégia de alívio da sede. Assim, com a utilização do Protocolo de Segurança para o Manejo da Sede, o paciente é avaliado de forma individualizada e sistematizada, permitindo que a equipe de enfermagem atue de forma intencional para diminuir o desconforto da sede(1), garantindo uma recuperação anestésica segura e livre de desconfortos.



Palavras-chave:
 Sede, Enfermagem Perioperatória, Protocolos clínicos