INTRODUÇÃO
O centro cirúrgico, segundo o Ministério da Saúde, tem como definição um conjunto de elementos destinados à experiência cirúrgica, bem como a recuperação pós-anestésica. Visando prestar assistência integral ao paciente cirúrgico, proporcionando condições necessárias para que o ato cirúrgico ocorra adequadamente, com técnicas assépticas. Para isto, é fundamental que o local siga as normatizações que permitam seu funcionamento, como as RDCs 50/2002 e 307/2002.
OBJETIVOS
O presente trabalho objetiva apresentar uma análise crítica a respeito da estrutura física de um centro cirúrgico de um hospital universitário, de alta complexidade e referência localizado em Recife, Pernambuco.
MÉTODO
Trata-se de um estudo descritivo, do tipo relato de experiência de com abordagem qualitativa. Foi utilizado como base para estudo as RDCs 50/2002 e 307/200. A observação caracterizada como não estruturada ou assistemática realizada nos dias 09/04/19 e 11/04/19, no período das 8:00 as 12:00 no Centro Cirúrgico da instituição.
RESULTADOS
Observando a estrutura do centro cirúrgico analisado, nota-se irregularidade das normas de estruturas físicas. Segundo as RDCs 50/2002 e 307/2002, fomentada pelo Ministério da Saúde, algumas normas devem ser seguidas, porém foram observadas algumas falhas estruturais do local analisado, dentre elas: O piso não está em condições de superfície monolítica, em alguns pontos e dependendo da sala cirúrgica, não existe a união do rodapé com a parede. Em algumas salas cirúrgicas observa-se paredes se os cantos arredondados e com objetos fixados.A ventilação da sala é feita por um único ar condicionado que não apresenta o filtro HEPA (High Efficiency Particulate Arrestance), mantendo uma circulação direta de microorganismo que são depositados no mesmo fluxo. As portas de acesso às salas facilitam a entrada, porém não apresentam solução de continuidade, devido ao material usado. A organização de corredores; divisão de áreas consideradas restritas, semi-restritas e não restritas; distribuição e posicionamento de salas cirúrgicas; a localização da sala de recuperação pós anestésica e do CME referente as salas cirúrgicas; a sala de espera; Instalações elétricas; quantidade e posicionamento de lavabos; farmacia, apresentaram-se dentro dos padrões requeridos pela RDC 50/2002.
CONCLUSÃO
Baseado nessa experiência, encontrou-se barreiras que contribuem trazendo riscos que implicam em um aumento da probabilidade de infecção cirúrgica, consequentemente interferindo na recuperação pós-cirurgica do paciente. Apesar disso, a presente vivência nos permitiu a oportunidade de observar a realidade encontrada no bloco cirúrgico de um hospital público, buscando possibilidades de intervenções, com finalidade de melhoria na qualidade da assistência.