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14 Congresso Brasileiro de Enfermagem - 2019 - ISSN N 2317-996X
Resumo: 287-1

Poster (Painel)


287-1

Gestão de processos como facilitadores do Intraoperatório

Autores:
ANDRÉA RANGEL BOQUIMPANI WOTTRICH 1,2, Evany Pereira Matias1, Roseane Gomes Macêdo1, Robson Lopes da Cunha1
1 INTO - Instituto de Traumato Ortopedia, 2 INC - Instituto Nacional de Cardiologia

Resumo:
INTRODUÇÃO

Os processos de gestão operacionais interferem diretamente na funcionalidade das organizações de saúde e impactam na qualidade da assistência e na segurança do paciente1. No Centro Cirúrgico (CC) é fundamental que a equipe tenha uma liderança que conduza com eficácia os processos de trabalho. Os instrumentais e implantes ortopédicos esterilizáveis, devem ser devidamente separados por especialidades, de acordo com o procedimento. O enfermeiro é o facilitador desse processo no intra-operatório.



OBJETIVOS

Relatar a experiência dos enfermeiros ao estabelecer o protocolo de abastecimento, reposição, conferência e acompanhamento do fluxo de implantes, minimizando a falta de materiais no momento do ato cirúrgico.



MÉTODO

Relato de experiência de enfermeiros sobre o estabelecimento de um protocolo de abastecimento, reposição, conferência e acompanhamento do fluxo de implantes vivenciado no Centro Cirúrgico de um Hospital especializado em ortopedia situado no Município do Rio de Janeiro.



RESULTADOS

A partir da criação de dois setores de apoio dentro do CC para analisar e mitigar os problemas antes e após as cirurgias, atuando como barreira através conferências das caixas a serem utilizadas a estratégia de gerenciamento de materiais especiais: implantes de consumo e instrumentais, foi implementada. Esta atividade foi necessária devido a insuficiência de materiais ortopédicos de consumo, como placas, parafusos e próteses devido a dificuldade de aquisição destes pela instituição. Por vezes, a falta de instrumental adequada ao caso cirúrgico ou do consumo era percebida pelo cirurgião somente durante a cirurgia, o que resultava em aumento do tempo anestésico-cirúrgico, estresse da equipe e aumento do custo. Um ponto relevante no processo descrito neste estudo é a etapa de avaliação pelo cirurgião imediatamente antes do procedimento, considerada portanto uma dupla checagem, visto que a cirurgia ao ser agendada teve o material conferido.  Em seguida, o cirurgião após confirmar junto à equipe responsável pelo material estéril e de consumo decide qual a caixa mais completa que contenha o instrumental cirúrgico específico e adequado, tipo de placa e parafusos necessários de forma individual para cada paciente. Esta conferência é possível porque todas as caixas que contém material de consumo estão catalogadas com a quantidade e qualidade e com a data da última reposição e identificadas por cores e números. Garantindo diminuição de estresse na S.O, e uma abordagem cirúrgica com maior segurança e precisão. A estratégia de implementar um protocolo para entrada e saída de implantes fez se necessário, a fim de proporcionar um ambiente seguro ao paciente cirúrgico. Após o uso a caixa é encaminhada ao serviço de reposição onde a Enfermeira responsável fará a conferência através da folha de gasto devidamente preenchida pela equipe da SO, se necessário a confirmação é feita no RX final do paciente, somente após a conferência e reposição é que o material segue para esterilização na CME.



CONCLUSÃO

O enfermeiro precisa criar soluções eficientes e eficazes de gestão descentralizadora para as situações cotidianas do CC. O protocolo descrito diminuiu o estresse da equipe, proporcionou economia para a instituição e a não ocorrência do retrabalho para confecção das caixas cirúrgicas, com um maior controle de todo o processo. Este modelo de gestão pressupõe a necessidade de relacionar a qualidade, eficiência, produtividade e custos na busca da excelência organizacional.



Palavras-chave:
 Enfermagem perioperatória, Gestão, Administração de materiais no hospital