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14 Congresso Brasileiro de Enfermagem - 2019 - ISSN N 2317-996X
Resumo: 283-1

Poster (Painel)


283-1

Implantação de protocolos para reprocessamento de materiais em uma clínica escola

Autores:
Juliana Quinteiro1, Marília Perdome Machado1, Luciano Laurentino de Araújo1, Jonathan Prado Linard1, Cláudia Adriana Carlotto1, Bruna de Souza Diógenes1
1 UNINORTE - Centro Universitário Uninorte

Resumo:
INTRODUÇÃO

A missão do Centro de Material e Esterilização é prover aos serviços assistenciais e de diagnóstico, a qualidade e quantidade de produtos para saúde (PPS) reprocessados de maneira segura1. Trata-se de uma atividade complexa cujo objetivo principal é evitar eventos adversos na sua utilização2. Requerer liderança competente e estrutura para os processos de trabalhos seguros é sempre um desafio, sendo necessário treinamento de toda equipe para assegurar a desmontagem, a limpeza, o enxague, o preparo, a desinfecção e a esterilização apropriados1.



OBJETIVOS

Descrever a experiência sobre a implantação de protocolos destinados ao reprocessamento seguro de materiais críticos e semicríticos da clínica de odontologia de um Centro Universitário da Amazônia Ocidental, destacando o papel do enfermeiro enquanto profissional habilitado para organização, padronização, implementação e treinamento dos processos.



MÉTODO

 Trata-se de um estudo descritivo, do tipo relato de experiência, referente à implantação de uma Central de Material e Esterilização exclusiva para atender a clínica de odontologia que realiza uma média mensal de 2.800 atendimentos, realizando todos os procedimentos odontológicos, com exceção da implantodontia. O trabalho foi implementado em 9 (nove) etapas seguindo um cronograma semanal de implantação, a saber: 1º) Estudo do Layout das áreas afins; 2º) Análise da demanda; 3º) Classificação dos materiais; 4º) Estabelecimento de fluxos; 5º) Padronização, descrição e aquisição dos insumos: detergente enzimático, invólucros, etiquetas, integradores físicos, químicos e biológicos; 6º) Manutenção e validação do esterilizador por vapor saturado pré vácuo; 7º) Organização dos arquivos de registros do CME e do prontuário 8º) Confecção e validação dos Manuais de Procedimento Operacional Padrão (POP); 9º) Treinamento dos profissionais. Os registros dos processos diários foram tabulados e analisados, recorrendo-se também a observações para conferência de conformidade a todas as etapas do reprocessamento.  



RESULTADOS

Esse trabalho permitiu mudanças, em todas as fases, nas condutas de reprocessamento de materiais odontológicos, através da implantação e implementação de protocolos operacionais padrão de acordo com a legislação vigente-RDC 15; aquisição de insumos padronizados para todas as fases do processo incluindo os integradores físicos, químicos e biológicos; treinamento de pessoal; organização dos fluxos e processos de trabalho nas etapas de limpeza, acondicionamento, esterilização, armazenamento e registros dos processos, onde a equipe de trabalho composta por docentes, técnicos e acadêmicos, foram capazes de compreender a importância da implantação e adequação



CONCLUSÃO

O trabalho desenvolvido com implantação, validação e implementação de protocolos para reprocessamento seguro e registros de comprovação de todos os processos, de materiais utilizados nos atendimentos da Clínica, conferiu segurança ao cliente no que tange a minimização de infecções e agravos à saúde, credibilidade aos profissionais executores e à Instituição de Ensino, e consequentemente a certificação da Vigilância Sanitária Estadual.



Palavras-chave:
 Equipamentos e provisões, Infecção hospitalar, Vigilância sanitária de produtos