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14 Congresso Brasileiro de Enfermagem - 2019 - ISSN N 2317-996X
Resumo: 281-1

Poster (Painel)


281-1

Riscos e complicações relacionadas à dor no pós-operatório do paciente cirúrgico idoso.

Autores:
Mariana Moreno Delgado1, Tamiris Cristina Cordeiro Oriolo1, Rita de Cassia Burgos de Oliveira1
1 EEUSP - Escola de Enfermagem da Universidade de São Paulo

Resumo:
INTRODUÇÃO

A mudança no perfil da população brasileira é uma realidade que deve ser acompanhada por modificações na melhoria e qualidade de vida, no cuidado e atenção ao paciente idoso.Com o aumento das comorbidades amplia-se a busca de realização de cirurgias, com isso é impreterível ter o entendimento da morbidade potencial associada ao procedimento e prevenção das possíveis complicações. O entendimento do manejo desses pacientes poderá contribuir na redução do tempo de internação, melhorando o controle da dor pós-operatória e sua reabilitação.



OBJETIVOS

Discorrer sobre o perfil geral do paciente idoso submetido a procedimentos cirúrgicos e identificar a presença de dor aguda relacionada aos procedimentos.



MÉTODO

Estudo exploratório, quantitativo, descritivo. Este estudo é parte da pesquisa denominada “ELPO estratégia para prevenção de lesões decorrentes do posicionamento cirúrgico” e que teve como objetivo verificar a validade de critério preditiva da Escala com relação aos desfechos da dor e lesão por pressão nos pacientes cirúrgicos. A coleta de dados foi realizada em um hospital geral, privado, de grande porte no município de São Paulo, no qual foi criado um banco de dados constituído por 144 pacientes, com idade entre 17 a 86 anos, de ambos os sexos, adultos e idosos, submetidos à cirurgias de diversos portes e sistemas. Neste estudo foi estabelecido como critério de inclusão, aceitar espontaneamente participar da pesquisa e possuir idade igual ou superior a 60 anos e como critério de exclusão os dados faltantes e os que negaram participar da pesquisa.



RESULTADOS

A amostra foi composta por 34% (49) pacientes idosos com idade de 60 a 86 anos, sendo 42,8% (21) do sexo feminino e  57,1% (28) do sexo masculino. Os dados obtidos foram relacionados aos procedimentos cirúrgicos, comorbidades pregressas, lesão por pressão e/ou limitação de movimento nos idosos submetidos a esses procedimentos. De acordo com a análise estatística as cirurgias mais realizadas foram do sistema músculo-esquelético 44,8% (22), seguido do sistema urogenital 20,4% (10) e respiratório 16,3% (8). Em relação às comorbidades pregressas, 36,7% (18) apresentaram Hipertensão Arterial Sistêmica (HAS); 18,3% (9) dos idosos apresentaram Diabetes Mellitus; 16,3% (8) neoplasia; 8,1% (4) cardiopatia. No pós-operatório imediato houve um evento adverso relacionado à lesão de pele, com índice de 2,2%. No segundo e terceiro dias pós operatório, os indicadores de lesões de pele foram os mesmos com um percentual de 4,65% que corresponderam a dois eventos.



CONCLUSÃO

A amostra apresenta 42,8% (21) das mulheres e 57,1% (28) dos homens referem dor no pós-operatório principalmente em cirurgias relacionadas ao sistema músculo esquelético 44,8% (22) e urogenital 20,4% (10). A análise estatística demostra que HAS 36,7% (18) pacientes apresentaram dor no pós-operatório. A dor relacionada ao posicionamento cirúrgico de acordo com a Escala de Avaliação de Risco para o Desenvolvimento de Lesões decorrentes do Posicionamento Cirúrgico do Paciente (ELPO) é observada em maior frequência na Posição 1, que corresponde à supina 28,5 % (14), Posição 2 lateral,  e 4 prona 24,4% (12). A dor relacionada ao dispositivo de suporte foi observada no uso do suporte piramidal em vinte e quatro (24) pacientes, seguido do colchão viscoelástico usado por dezoito pacientes (18). Conclui-se que há uma demanda crescente de procedimentos cirúrgicos realizados em idosos, em decorrência do aumento da expectativa de vida, avanços tecnológicos e melhoria da assistência prestada.



Palavras-chave:
 Cuidados de Enfermagem, Dor Aguda, Enfermagem Perioperatória, Idoso, Período Pós-Operatório