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14 Congresso Brasileiro de Enfermagem - 2019 - ISSN N 2317-996X
Resumo: 270-3

Poster (Painel)


270-3

Desafios no processo de implantação da cirurgia robótica em um hospital privado no interior de São Paulo

Autores:
Adriana Cristina Mota Furlan1, Juliana Bueno Sabino1, Swamy Marconi Jacobini1
1 HVC - Hospital Vera Cruz

Resumo:
INTRODUÇÃO

A cirurgia robótica chegou ao Brasil em 2008. É uma opção de procedimento minimamente invasivo que atende diversas especialidades. Esse avanço tecnológico vem de encontro ao objetivo de diminuir a morbimortalidade operatória e realizar cirurgias menos agressivas, reduzindo a perda sanguínea e com recuperação precoce do paciente.



OBJETIVOS

Relatar os desafios do processo de implantação da cirurgia robótica.



MÉTODO

Trata-se de um relato de experiência em um hospital privado de médio porte no interior do estado de São Paulo. No início de 2018 houve o levantamento dos custos e a previsão de compras. Uma primeira visita técnica foi realizada pela empresa fornecedora do sistema, onde foram analisados dimensões da sala operatória, tamanhos das portas que dariam acesso da entrada até o destino final de todo equipamento incluindo os elevadores, avaliação do peso sobre o pavimento e estrutura predial.  Na Central de Materiais Estéreis foi feito um levantamento do espaço físico, realizado reforma e aquisição de equipamentos específicos para a limpeza e esterilização dos instrumentais da cirurgia robótica, também é realizado o controle das vidas das pinças robóticas para troca e reposição das mesmas. A avaliação foi concluída e aprovada em meados de agosto de 2018. Entre os principais desafios, destacaram-se o desenvolvimento de novas competências, formação de equipe e a segurança do paciente em relação a cirurgia robótica. Os planos de saúde também não costumam cobrir os custos do procedimento e os pacientes acabam por assumir os mesmos. O profissional de enfermagem é essencial para o sucesso da implementação de um robô, porque é ele que tem o conhecimento necessário para coordenar, não só a área assistencial, como todo o gerenciamento do setor, o treinamento e os indicadores. Realizado a descrição dos cargos junto as competências, para o processo de formação da equipe iniciou-se uma avaliação dos colaboradores culminando no convite de 2 enfermeiras e 4 técnicos de enfermagem para compor a equipe e estes passaram por uma imersão em instituições de referência no assunto em São Paulo. A cirurgia robótica é diferente da cirurgia laparoscópica convencional, pois são utilizados mais equipamentos e uma posição mais íngreme. O posicionamento cirúrgico adequado é essencial. O enfermeiro aplica a escala de ELPO que a avalia risco de lesão decorrente do posicionamento cirúrgico.



RESULTADOS

A primeira cirurgia aconteceu no início de dezembro do mesmo ano e em três meses de implantação do sistema foram realizadas 50 cirurgias. São coletados indicadores relacionados ao número total de cirurgias robóticas, por especialidades, por médico e taxas de infecção.



CONCLUSÃO

Desenvolver um programa de cirurgia robótica não é simples e requer que toda a instituição esteja envolvida para que a implementação tenha sucesso. Requer treinamento intenso e desenvolvimento de novas competências. Com a aquisição do equipamento, o hospital visa o aumento do número de procedimentos e proporcionar tratamento e cuidado tecnológico humanizado para a região de Campinas.

 



Palavras-chave:
 Cirurgia robótica, Posicionamento cirúrgico, Segurança do paciente