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14 Congresso Brasileiro de Enfermagem - 2019 - ISSN N 2317-996X
Resumo: 269-2

Poster (Painel)


269-2

Educação em serviço: estratégia didática na implementação ao protocolo de cirurgia segura

Autores:
Samia Hussein Barakat1, Larissa Nicolau Lopes1, Kauhany de Souza Silva 1, Aurora Tontini de Araujo1, Brenda da Silva Alessi1, Maria de Lourdes de Almeida1
1 UNIOESTE - Universidade Estadual do Oeste do Paraná

Resumo:
INTRODUÇÃO

O centro cirúrgico é caracterizado pela complexidade de sua terapêutica clínica-cirúrgica devido as diversas afeções vinculadas ao processo saúde-doença. É essencial a prestação de serviços norteada pela aplicabilidade significativa de protocolos que garantem a segurança do paciente. O Protocolo de Cirurgia Segura utilizado no perioperatório baseado em ordem cronológica, tornando a assistência integral, individualizada e sistematizada e reduzir os índices de morbimortalidade cirúrgica. Há obstáculos para a implementação desse instrumento, e a educação em serviço auxilia no processo de ensino-aprendizagem, possibilitando a assimilação teórico-prática de modo a sanar dúvidas quanto a importância dessas ações tanto para os usuários quanto colaboradores.



OBJETIVOS

Descrever a experiência no uso da educação em serviço como estratégia na implementação do Protocolo de Cirurgia Segura.



MÉTODO

Trata-se de relato de experiência, estudo qualitativo e exploratório-descritivo, realizado no Hospital Municipal Padre Germano Lauck de Foz do Iguaçu-PR, que atende pacientes da 9ª Regional de Saúde, sendo referência para trauma e emergência. A implementação do Protocolo de Cirurgia Segura teve início em março de 2019 e se encontra em andamento. A análise dos resultados ocorreu por meio de discussões entre as acadêmicas de enfermagem, coordenadores do projeto, de enfermagem e médica em reuniões periódicas, e pelo parecer dos colaboradores durante as atividades, em que inicialmente houve a necessidade de alterar o protocolo institucional conforme as demandas do setor, seguindo as orientações da Organização Mundial de Saúde e posteriormente a educação em serviço evidenciando as barreiras e avanços para implementação do protocolo.



RESULTADOS

Na análise dos resultados notou-se um avanço nas percepções vinculadas à pausa cirúrgica, identificação do paciente e de espécimes; confirmação do procedimento no termo de consentimento; verificação de alergias e comorbidades; planejamento quanto ao risco de sangramento e via aérea difícil; verificação da profilaxia antibiótica, esterilização dos equipamentos e lesões relacionadas ao posicionamento cirúrgico. Percebeu-se barreiras para a demarcação de sítio em cirurgias gerais, realização da contagem e checagem dos instrumentais e equipamentos no início e final do procedimento, ausência da avaliação pré-anestésica em pacientes internados, ineficiência da comunicação profissional-paciente, falta de orientações médicas no pré-operatório e negligências na revisão dos cuidados na recuperação pós-anestésica. Inúmeras vezes é realizado o registro sem que o mesmo tenha ocorrido na prática, demonstrando a escassez de conhecimento dos colaboradores quanto a importância de atividades que garantem a prevenção de danos ao paciente. Ainda deve-se ressaltar que o envolvimento da equipe multiprofissional e das lideranças organizacionais é de extrema importância para efetivar a adesão na implementação ao checklist através de metodologias educativas que permitem a completude das ações em nível setorial e institucional.



CONCLUSÃO

Percebe-se que a utilização de estratégias de ensino alicerçadas à educação em serviço propiciou um acompanhamento efetivo do desenvolvimento da aprendizagem na implementação das boas práticas em cirurgia segura, identificando as potencialidades e minimizando falhas pela construção de novos conhecimentos que refletem na motivação da equipe multiprofissional quanto a adesão ao uso do checklist. A cultura de segurança voltada a aplicação do Protocolo para Cirurgia Segura está fortemente influenciada pelos valores organizacionais, competências profissionais e padrões de comportamento individuais e coletivos, a presença de acadêmicos contribui para o aperfeiçoamento de tais ações pela inserção da assistência ativa, atualizada e qualificada.



Palavras-chave:
 Centros cirúrgicos, Enfermagem perioperatória, Segurança do paciente