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14 Congresso Brasileiro de Enfermagem - 2019 - ISSN N 2317-996X
Resumo: 267-2

Poster (Painel)


267-2

O Gerenciamento de custos pelo enfermeiro na Central de Material Esterilizado

Autores:
LUCIA HELENA CORREIA LOPES1, JONAS LEITE JUNIOR1
1 HSJ - HOSPITAL SÃO JOSÉ

Resumo:
INTRODUÇÃO

Para Ferreira¹, na área da saúde a crescente elevação dos custos, tem feito com que os profissionais busquem cada vez mais a racionalização da alocação de recursos e o equilíbrio entre custos e recursos financeiros.



OBJETIVOS

Destacar a importância do uso consciente dos recursos financeiros para a qualidade da assistência na instituição.



MÉTODO

Trata-se de relato de experiência sobre a realização de uma atividade por enfermeiros na Central de Material e Esterilização em um Hospital na região serrana do estado do Rio de Janeiro.



RESULTADOS

A primeira ação realizada foi a de redução no custo das compressas para secagem do material em que o mesmo saía no valor de R$ 0,96 a unidade, sendo a mesma substituída pela compressa em rolo que sai no valor de R$ 0,13 a unidade. O valor passou a ser de R$ 78,00 o que significou uma economia de 66,5% por semana no custo com compressas pelo CME, quando levamos em conta o valor unitário a diferença ultrapassa os 85% de economia, demonstrando que podemos manter a qualidade com a relação ao custo x benefício para a Instituição. A segunda ação foi a substituição no processo da autoclave de formaldeído por imersão em hipoclorito de materiais baseado nas boas práticas da SOBECC. Antes do ajuste no processo realizava-se 69 ciclos mensais de formaldeído com a utilização de 23 bolsas de 2700 ml cada de formol, que representava um custo de R$ 7590,00. Após a mudança no processo passamos a realizar 16 ciclos/mês com utilização de 06 bolsas de formol no valor de 1759,00 impactando uma economia de 76,8%, sendo observado que após a mudança no processo tivemos maior rotatividade do material, visto que o processo da autoclave se dá em média de 08 horas levando em consideração desde a lavagem até a entrega, já em imersão este mesmo material é entregue em cerca de 03 horas. A terceira ação foi a troca dos invólucros em tecido de algodão por SMS, onde podemos evidenciar o custo setorial da seguinte forma: Caixas embaladas em tecido de algodão tem a validade de esterilização de sete dias, já o SMS seis meses, com isso podemos constatar que a economia feita está na quantidade de ciclos da autoclave que com o tecido era de 55 ciclos de reesterilização e no momento utilizamos 12 ciclos de reesterilização; lavagem de roupa representava um total de R$ 12.000,00 e após a entrada do SMS obtivemos num economia de 80%; Integradores utilizamos 01 em cada caixa cirúrgica com o valor unitário de R$ 0,68 e após a entrada do SMS passamos a ter uma economia de 30% devido à redução no número de ciclos de reesterilização. Conclusão: Para fazer um bom planejamento com vistas à redução do custo setorial, o enfermeiro deve ser crítico, avaliar as reais necessidades dos clientes/ setor/ equipe, as normas vigentes e os valores/qualidade do que será solicitado, com apresentação de argumentos que sejam convincentes demonstrando a necessidade de recursos para a manutenção da qualidade e da segurança do paciente.



CONCLUSÃO

Para fazer um bom planejamento com vistas à redução do custo setorial, o enfermeiro deve ser crítico, avaliar as reais necessidades dos clientes/ setor/ equipe, as normas vigentes e os valores/qualidade do que será solicitado, com apresentação de argumentos que sejam convincentes demonstrando a necessidade de recursos para a manutenção da qualidade e da segurança do paciente.



Palavras-chave:
 enfermeiro, gestão, custos, saúde