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14 Congresso Brasileiro de Enfermagem - 2019 - ISSN N 2317-996X
Resumo: 266-1

Poster (Painel)


266-1

Reciclar no Centro Cirúrgico: Um Caminho de Sustentabilidade

Autores:
Mary Helen Silva Jardim1, Estela Mara de Moraes Teixeira1, Thiese Avelar de Camargo Cividanes1, Patricia do Carmo Lourenço1
1 IPMMI - OBRA DE AÇÃO SOCIAL PIO XII - Intituto das Pequenas Missionárias de Maria Imaculada - Obra de Ação Social Pio XII

Resumo:
INTRODUÇÃO

A implementação do Programa de Gerenciamento de Resíduos de Serviço de Saúde (PGRSS) no ambiente cirúrgico tem sido um grande desafio, pelo perfil dinâmico, onde os processos e procedimentos diagnósticos e terapêuticos são sistemáticos e compõem metas estratégicas que caracterizam obter agilidade, este fator se torna uma argumentação que dificulta a implantação de segregação de resíduos em sala cirúrgica.

Os resíduos de serviços de saúde constituem um problema socioambiental devido às características tóxicas e/ou patogênicas.¹

A Lei n° 12.305/2010, que instituiu a Política Nacional de Resíduos Sólidos, recomenda uma ordem de prioridade na gestão e gerenciamento de resíduos sólidos que é a “não geração, redução, reutilização, reciclagem, tratamento dos resíduos sólidos e disposição final ambientalmente adequada dos rejeitos’’. ²

 



OBJETIVOS

 

Reduzir resíduo infectante por meio de reciclagem de frascos de soro visando sustentabilidade financeira e ambiental.



MÉTODO

Trata-se de um estudo descritivo, relato de experiência de projeto em um hospital filantrópico, de média e alta complexidade, no Vale do Paraíba, SP.   Este iniciou em fevereiro de 2019, após parceria com empresa de coleta de resíduos recicláveis, como proposta de reciclar frascos de soro. As comissões de Gerenciamento de Resíduos e de Controle de Infecção Hospitalar analisaram a proposta e houve consenso de implantação do projeto no âmbito cirúrgico devido ao consumo considerável de soluções em frasco plástico, especialmente irrigações em procedimentos cirúrgicos videolaparoscópicos.



RESULTADOS

A implantação priorizou a conscientização e capacitação da equipe, bem como, elaborar ações de melhoria em conjunto. Além disso, houve uma adequação no fluxo de coleta, contendo recipiente exclusivo identificado para separação dos frascos em sala cirúrgica, que consequentemente, são encaminhados pela enfermagem para container alocado estrategicamente, e posteriormente, separado pela equipe de higienização, que encaminha ao abrigo temporário onde é retirado pela empresa.   Estudo para avaliar a estimativa de quantidade de frascos segregados no trimestre, baseado no sistema eletrônico de dispensação da farmácia, demonstrou 468 frascos de 500 ml, 455 de 1000 ml e 88 de 3000 ml.   

Os frascos de 100 e 250 ml não foram inseridos devido frequente utilização como diluente de fármacos, caracterizando-o como resíduo químico. 



CONCLUSÃO

Em três meses houve estimativa de 1011 frascos de soro. Vale salientar que, estes frascos eram segregados como resíduo infectante por se tratar de resíduo hospitalar, não permitindo a segregação como resíduo comum para aterros sanitários.

O projeto proposto está vinculado ao objetivo do planejamento estratégico, “Fortalecer cultura de desenvolvimento sustentável e sócio ambiental” com metas na redução de resíduo paciente-dia. 

A comissão visa ampliar esta iniciativa a demais áreas institucionais, com melhorias frente as questões norteadoras de implantação, garantindo sustentabilidade financeira e ambiental.



Palavras-chave:
 Sustentabilidade. , Reciclagem., Centro Cirúrgico.