INTRODUÇÃO
Visando garantir a qualidade e a segurança no armazenamento e dispensação de materiais estéreis pelos profissionais de CME, demonstraremos através de ferramenta utilizada neste serviço, um checklist descrito junto a relação de carga a ser esterilizada para antever erros operacionais, eletromecânicos, ou falhas combinadas.
OBJETIVOS
Padronizar uma ferramenta, aplicável a rastreabilidade e liberação das cargas das autoclaves, reduzir quantitativamente a margem de erros em dispensação de materiais estéreis não conformes, melhorar qualitativamente o serviço oferecido capacitar e qualificar a equipe técnica para realizar inspeção visual criteriosa, disponibilizar um sistema de controle capaz de detectar falhas no processo de esterilização, disponibilizar um arquivo organizado que garanta a consulta rápida para intervenção, fiscalização e controle de todo arsenal de materiais.
MÉTODO
Relato de experiência profissional, através de um protocolo implantado com o uso de ferramenta que permitiu mensurar e avaliar criticamente o serviço de esterilização de materiais oferecido no serviço.
Para tanto, utilizamos como instrumento, um formulário destinado a dois momentos diferentes do processo completo de esterilização. No primeiro tempo encontra-se os dados da carga e a relação de materiais a serem processados, preenchidos pelo operador da autoclave. No segundo tempo deste formulário encontra-se um checklist a ser preenchido por outro profissional treinado para liberar a carga sendo esta pessoa diferente de quem a montou para que ocorra a dupla checagem do processo em si.
Sintetizamos os principais tópicos abordados acima da seguinte forma:
· Os parâmetros da autoclave: tempo/ temperatura/ pressão/ secagem, estão dentro dos limites aceitáveis?
· Este impresso está devidamente preenchido e identificado e carimbado pelo operador?
· Identificadores químicos classe 1 de grau cirúrgico e fita “zebrada” foram devidamente revelados?
· Todas as unidades estão carimbadas com o número de lote?
· As datas de vencimento estão compatíveis com o tipo de embalagem?
· Todos os itens esterilizados estão relacionados no impresso?
· O material está úmido, molhado ou manchado?
· A selagem do grau cirúrgico está dentro dos padrões aceitáveis, sem fissuras, bolhas de ar ou franzidos?
· Os invólucros de tecido e SMS estão íntegros, sem perfurações?
RESULTADOS
Este protocolo foi implantado há alguns anos, com o objetivo de reduzir, apurar e minimizar erros recorrentes. O mesmo era descrito em folhas diferentes, sendo uma para identificação da carga e outra para liberação da mesma, o que gerava desperdício de papéis e demandava maior tempo além de dificuldade de análise crítica e elaboração e execução de planos de ação. Recentemente, a equipe técnica sugeriu a reformulação das perguntas de forma a ficarem mais claras e ordenadas. Assim, a implementação e reestruturação do formulário contribuiu com a diminuição de tempo para a conclusão do processo, promoveu a sustentabilidade na redução de papéis, diminuiu o volume de não conformidades e minimizou em quase sua totalidade o índice de erros.
CONCLUSÃO
Frente a importância e responsabilidade dos serviços prestados pela CME, identificamos que o instrumento reformulado, gerou um excelente controle de resultado de cada ciclo, e possibilitou-nos criar um indicador de qualidade que minimize erros e garanta a qualidade, segurança, rastreabilidade, controle e agilidade dos serviços prestados.