Na 55ª Assembléia Mundial da Saúde (2002) adotou a Resolução 55.18 da Organização Mundial da Saúde (OMS)¹ e a seus Estados Membros com foco na “Qualidade da atenção: segurança do paciente”. Em resposta, a OMS (2004) lançou a Aliança Mundial para a Segurança do Paciente‚². Essa Aliança tem, entre outros, o objetivo de despertar a consciência profissional e o comprometimento político para uma melhor segurança na assistência à saúde, o que gerou grandes Desafios Globais para a Segurança do Paciente².

Avaliar as barreiras identificadas durante a aplicação do protocolo de check list de cirurgia segura.

Trata-se de um relato de experiência em que se implantou o check list de cirurgia segura, em um hospital de neurocirurgia, no período de janeiro de 2018 a março de 2019. Utilizou um instrumento com perguntas fechadas e, aplicado em quatro momentos, com informações referentes ao paciente e o procedimento segundo preconizado pela Anvisa³ƒ. Os quatro momentos foram: a primeira verificação realizada pela enfermagem e internação, antes de conduzir o paciente ao centro cirúrgico, a segunda é realizada antes da indução anestésica na sala operatória, a terceira antes da incisão cirúrgica e, a quarta antes da saída da sala operatória. Para a implantação do check list houve um treinamento com técnicos e enfermeiros de todas as unidades de atendimento.

Foram analisados 1.560 check list. Durante a implantação do protocolo foram identificadas as barreiras: pouco conhecimento dos profissionais envolvidos referente ao check list, baixo empoderamento da equipe de enfermagem, prolongamento do tempo para iniciar cirurgia até adequação da equipe e a necessidade da adequação do instrumento utilizado. Assim, foi instituída a presença do enfermeiro durante a aplicação do mesmo até a adequação, aprimorando a equipe técnica, esclarecendo as etapas e a importância da mesma para a segurança do paciente com a finalidade de reduzir danos ao paciente e definir um padrão de segurança podendo este ser aplicado em todos os países².‚

É necessário que os profissionais entendam a importância de cada detalhe descrito no instrumento utilizado por meio de uma rotina da unidade e reduzindo os eventos adversos. Intensificar a Educação Continuada nos estabelecimentos de saúde é uma estratégia eficaz para obter resultados positivos na segurança do paciente, reduzindo as barreiras.