INTRODUÇÃO
Em 2007 a Joint Comission International (JCI) estabeleceu seis metas internacionais para garantir a segurança mundial do paciente, entre elas, a meta da cirurgia segura surgiu como uma exigência de responsabilidade compartilhada entre todos os profissionais envolvidos no processo perioperatório, a fim de minimizar danos ao paciente causados pela equipe multiprofissional1. Na lista de verificação de cirurgia segura, antes do paciente sair da sala de operação deve ser realizado o Sign out onde é imprescindível a conferência e o registro do número de instrumentais, compressa e agulhas2. Nesse contexto, surge a relevância no processo de contagem cirúrgica para evitar a retenção não intencional de corpo estranho após a cirurgia, classificado hoje como um evento que jamais pode ocorrer nos serviços de saúde3.
OBJETIVOS
Relatar as fragilidades observadas durante o processo de contagem de instrumentais cirúrgicos na desmontagem da sala de operação vivenciado em um hospital universitário do Amazonas.
MÉTODO
Estudo descritivo, pautado no relato da vivência de enfermeiros de bloco operatório de um hospital universitário do Amazonas, por meio de observação durante o primeiro semestre de 2019 no período diurno, envolvendo nove salas cirúrgicas, utilizadas por 15 especialidades médicas.
RESULTADOS
verificou-se que durante a montagem da sala operatória, o circulante ou instrumentador da não conferia adequadamente o quantitativo de instrumentais que foram dispostos na mesa cirúrgica de acordo com a identificação da etiqueta da bandeja/caixa, bem como quando finalizava o procedimento cirúrgico, apenas aproximadamente 20% destes eram contabilizados pelo responsável. Foi observado também a ausência do registro no prontuário do paciente da quantidade de itens removidos, devido o formulário utilizado na unidade não dispor de espaço apropriado para tal. A contagem dos instrumentais de forma empírica apresentou consequentes notificações por parte do serviço de hotelaria do hospital considerando a presença de instrumentais encontrados junto aos campos cirúrgicos encaminhados a lavanderia.
CONCLUSÃO
identificou-se a necessidade de propor implementação nos formulários da S.O., o qual deve ser baseado no checklist do protocolo de cirurgia segura e educação permanente para sensibilização dos profissionais envolvidos no processo anestésico cirúrgico para promover a segurança do paciente.