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14 Congresso Brasileiro de Enfermagem - 2019 - ISSN N 2317-996X
Resumo: 245-2

Poster (Painel)


245-2

Papel da enfermeira no transoperatório da cirurgia robótica: relato de experiência

Autores:
Delzuita Nascimento Souza1, Ithana Queila Borges Pizzani Ferreira1, Viviane Lessa Borges1, Denise do Amor Divino3, Camila Rose Martins Lopes1, Aldina de Santana Lago3
1 HSI - HOSPITAL SANTA IZABEL, 3 ENF. - ENFERMEIRA

Resumo:
INTRODUÇÃO

A cirurgia robótica ou cirurgias robô assistidas é um procedimento cirúrgico realizado por um robô que é manipulado por um cirurgião (1). Esse modelo inovador de cirurgia videolaparoscopia permite a redução do trauma operatório e rápida recuperação pós cirúrgica, refletindo diretamente no bem-estar dos pacientes (2). Muitas são as vantagens para o paciente através dessa tecnologia minimamente invasiva, tais como: realização de procedimentos de alta complexidade de modo mais simples e prático; redução na agressão aos órgãos e sistemas; facilidade de suturas consideradas difíceis principalmente em pacientes obesos e comodidade para o cirurgião, pois propicia operar com ergonomia adequada e de forma confortável(3).



OBJETIVOS

Descrever o papel da enfermeira no transoperatório da cirurgia robótica.



MÉTODO

Estudo descritivo, tipo relato de experiência, desenvolvido em um hospital filantrópico, geral e de grande porte, no mês Março de 2019, tomando como referência assistência de enfermagem prestada ao paciente pela enfermeira no período transoperatório da cirurgia robótica.



RESULTADOS

A enfermeira que atua na cirurgia robótica deve ser exclusiva devido à complexidade das atividades e gerenciamento das ações dentro da sala operatória. Esta profissional deve ser capacitada de forma a exerce múltiplas responsabilidades, visto que além das especificidades do procedimento robótico, é encarregada de disponibilizar todos os materiais e equipamentos necessários para realização de um procedimento cirúrgico. No tocante ao procedimento robótico, é responsável por checagem e preparação do robô com técnicas assépticas, montagem da mesa de instrumental, instalação dos draps (capas) nos braços do robô e efetuar o alinhamento e balanceamento da ótica. Ao recepcionar o paciente em sala, é realizado aplicação da lista de verificação de cirurgia segura (check lists) com a participação de todos os membros da equipe. Os cuidados no posicionamento cirúrgico são fundamentais para garantir ao paciente conforto e segurança bem como, minimizar os riscos de o paciente desenvolver uma lesão por pressão. Para evitar a ocorrência de pressão nas regiões occipital, escapular, sacrococcígea, cotovelos e calcâneo pelo posicionamento cirúrgico é efetuada medidas de prevenção como: uso de coxins, filmes de proteção nas proveniências ósseas, perneiras e braçadeiras acolchoadas (3). A assistência na sala de cirurgia inclui ainda os registros em prontuário, controles de materiais, prevenção com a hipotermia, administração de antibioticoprofilaxia conforme protocolo da instituição, controle da validade das pinças, integridade das pinças e desmontagem do robô no final da cirurgia (2).



CONCLUSÃO

O papel da enfermeira na cirurgia robótica é extremamente relevante porque inclui inúmeras responsabilidades que são fundamentais para a realização do procedimento. Visto que essas atribuições, vão desde da provisão de materiais e equipamentos que são utilizados em uma cirurgia comum de videolaparoscopia, bem como as particularidades de uma cirurgia robô assistida. Além disso, ainda implementa barreiras para garantir a segurança do paciente durante o perioperatório principalmente no que diz respeito ao posicionamento cirúrgico. Por esta razão, perfaz a essa profissional, a busca pela atualização a fim de atender todas necessidades que um programa robótico exige. Este estudo visa estimular a produção científica nessa área, visto que poucas evidências relacionadas ao tema no país foram encontradas.



Palavras-chave:
 Cirurgia, Robótica, Enfermeira, Assistência.