INTRODUÇÃO
Atualmente, vivemos momentos de uma geração conectada. Os enfermeiros necessitam de uma prática clínica continuada cada vez mais dinâmica e tecnológica para que eles consigam fazer a assimilação correta das teorias aprendidas em sala de aula. Por esse motivo, a simulação realística ocupa cada vez mais espaço nos centros de ensino superior do Brasil, por usar técnicas para aprimorar o aprendizado de forma dinâmica e acessível(1). Os países pioneiros nessa prática foram Estados Unidos e Europa, no Brasil são utilizados majoritariamente as tecnologias leve-dura, que consiste na aplicação dos saberes e protocolos institucionais e aprimora-se as tecnologias leves, que são as relações, sendo essas, subsídios para uma boa equipe de trabalho, mostrando que a aplicação da simulação realística não depende somente da tecnologia dura(2). A simulação realística auxilia os enfermeiros a minimizar sentimentos de medo e insegurança, aumentando sua autoconfiança que ao final da prática se sentirão muito mais confiantes, e tal confiança será levada ao longo de sua vida profissional(3). O treinamento realístico juntamente com o Processo de Enfermagem (PE) pretende proporcionar ao enfermeiro uma preparação adequada para que, ao enfrentar tais situações, ele tenha subsídios para implementação de uma assistência acurada e humanizada ao paciente cirúrgico.
OBJETIVOS
Descrever as habilidades apreendidas através da atividade de simulação realística, dentre elas: o conhecimento técnico-científico para resolução dos problemas; realização correta da SAE; atendimento humanizado; e, comportamento junto a equipe, que são situações reais encontradas no ensino prático do Centro Cirúrgico.
MÉTODO
Trata-se de um relato de experiência, baseado na assistência de enfermagem no período transoperatório de um paciente submetido a vídeo colecistectomia. A simulação realística ocorre dentro de uma sala de operação do centro cirúrgico de Hospital Universitário, no localizado no Estado do Rio de Janeiro. Os momentos da dramatização incluem: recepção do paciente cirúrgico; comunicação efetiva entre a equipe; humanização do cuidado; e implementação do processo de enfermagem. A partir dos dados informados sobre o caso da paciente é necessário que o treinando indique os dados relevantes a serem coletados; preveja e provenha os recursos necessários para a realização do procedimento cirúrgico, de acordo com as necessidades do paciente; estabeleça uma comunicação ética com o paciente; e realize o processo de enfermagem com base na SAE, a partir das nomenclaturas NANDA-I, NIC e NOC (NNN). As informações coletadas são registradas nos instrumentos de coleta de dados e do processo de enfermagem criado para a disciplina. Após a simulação, é feito o debriefing com todos os alunos, abordando os objetivos mais importantes.
RESULTADOS
Após a realização da dramatização realística, os enfermeiros são capazes de desenvolver com mais desenvoltura uma comunicação adequada e um atendimento humanizado ao paciente cirúrgico, baseado na fundamentação científica do Processo de Enfermagem por meio da Sistematização da Assistência de Enfermagem, com o estabelecimento dos diagnósticos, resultados e intervenções de enfermagem individualizados para cada paciente.
CONCLUSÃO
A simulação realística baseada na dramatização dos casos mostrou-se muito efetiva no aperfeiçoamento ao estímulo do raciocínio clínico a partir da situação encontrada, com a aplicação da Sistematização da Assistência de Enfermagem na prática do Centro Cirúrgico e com o desenvolvimento do cuidado humanizado ao paciente cirúrgico de forma significativa para o aprendizado do enfermeiro.